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Sob nova gestão, conselho tomba 3 imóveis históricos de Ribeirão
Estão vetadas intervenções em 2 casarões e na fachada do bosque
Três imóveis históricos de Ribeirão Preto foram tombados provisoriamente pelo Conpacc (Conselho de Preservação do Patrimônio Artístico e Cultural). São os primeiros tombamentos da nova diretoria do conselho.
O tombamento atingiu dois casarões no centro e a fachada e fonte de entrada do bosque Fábio Barreto. Agora, com o tombamento provisório, estudos vão avaliar a importância histórica, cultural e arquitetônica dos imóveis.
O pedido de tombamento foi feito por representantes da sociedade e será avaliado por comissões do Conppac.
Cláudia Morroni, presidente do conselho, disse que o tombamento de um imóvel depende de condições como o material utilizado na construção, o estilo arquitetônico, a importância histórica e se é um dos únicos remanescentes de uma época.
"Não é porque é velho que vai ser tombado. A análise identifica se o bem exerceu influência na história da sociedade", disse Cláudia.
O arquiteto Cláudio Bauso, integrante do Conppac, afirmou que o conselho ainda busca informações sobre a história e um parecer arquitetônico dos casarões das ruas Álvares Cabral e Prudente de Morais.
"Temos poucas informações sobre as casas. Sabemos apenas que são construções do início do século 20", afirmou o arquiteto.
Bauso disse que o tombamento provisório é uma prevenção para possíveis perdas de imóveis importantes. "Na mesma região desses casarões já tivemos demolições de prédios importantes e que não eram tombados", disse.
Os maiores indícios de importância histórica, segundo Bauso, são da fonte e da fachada do bosque. Elas têm uma arquitetura no estilo neocolonial e foram construídas na década de 50.
O arquiteto disse que provavelmente não há outra fachada ou fonte com as características na cidade. Além disso, há a relação afetiva dos moradores com os bens.
Os proprietários foram notificados da análise e estão impedidos de fazer intervenção nos imóveis sem a aprovação do conselho.