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Ribeirão

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Ex-vigia foge antes da condenação judicial

Aurelito Santiago foi condenado a 21 anos e quatro meses de prisão por morte de jovem há seis anos, em Ribeirão

Réu não voltou à sala de audiência para ouvir veredito dos jurados e foi considerado foragido pela juíza

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

O ex-vigilante Aurelito Borges Santiago, condenado por matar há seis anos o estudante Rodrigo Cintra do Prado Bonilha, 18, fugiu ontem do Fórum minutos antes do anúncio de sua condenação.

O júri popular, que durou oito horas, condenou Santiago. A Justiça aplicou a pena de 21 anos e quatro meses de detenção, em regime fechado, por homicídio duplamente qualificado.

Santiago fugiu do Fórum no momento em que a audiência foi suspensa, quando os jurados se reuniram na sala secreta para definir se o réu era culpado.

A pausa durou cerca 30 minutos. De volta à sala de audiência, a ausência do acusado foi notada pelos presentes no julgamento.

"O seu cliente fugiu, doutor?", disse a juíza Isabel Cristina Alonso dos Santos Bezerra ao advogado de Santiago, José Ricardo Guimarães Filho, na reabertura da sessão.

"Não sei, ele estava no corredor na última vez em que o vi", afirmou o advogado.

Ninguém da família de Santiago soube dizer o que aconteceu. Policiais militares procuraram Santiago, mas ele não foi encontrado no interior do Fórum.

Depois de cerca de dez minutos, a juíza anunciou que considerava Santiago um foragido da Justiça e enviou um comunicado às polícias Militar, Civil e Federal.

"Ele deve ter ficado com medo, porque sabia que poderia sair daqui preso", disse o advogado, que afirmou que irá recorrer com pedido de habeas corpus.

Na decisão, a juíza afirmou que Santiago demonstrou frieza emocional e insensibilidade durante o júri.

"Foi dada a resposta adequada, foi um crime brutal", disse Ronaldo Marzagão, assistente da Promotoria.

O empresário Fernando Bonilha, pai do estudante, disse que o resultado era o que esperava. "Agora, ele precisa ser preso."

JÚRI

Foram ouvidas nove testemunhas, entre elas os quatro amigos de Bonilha que estavam com ele no momento do crime, a cerca de cem metros do bufê Renato Aguiar.

Santiago era vigilante do local. Durante seu depoimento, ele chorou e afirmou que atirou por medo --segundo ele, um grupo de rapazes tentou agredi-lo, além de tentar depredar um caminhão.

Os amigos de Bonilha negaram a versão e afirmaram que brincavam com uma placa de publicidade, quando ela caiu e fez barulho.


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