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Ribeirão

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Conselho veta corte de árvores na 9 de Julho

Medida abre polêmica com a Secretaria do Meio Ambiente, que diz que 27 das 211 sibipirunas têm risco de queda

Conjunto que inclui ainda paralelepípedos, canteiro e obelisco é tombado como patrimônio de Ribeirão

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

O conselho de preservação do patrimônio de Ribeirão Preto rejeitou relatório da prefeitura que pede a retirada de 27 árvores do canteiro central da avenida Nove de Julho, uma das principais da cidade. A medida desagradou a administração, que alega existir risco de queda.

O veto do Conppac (Conselho de Preservação do Patrimônio Artístico e Cultural) ocorreu em reunião anteontem à noite. As árvores da Nove de Julho foram tombadas como patrimônio em 2006, junto com paralelepípedos, canteiro e obelisco. Por isso, toda alteração precisa ser aprovada pelo conselho.

O estudo da secretaria identificou que 27 das 211 sibipirunas da avenida correm risco de cair e atingir veículos e pedestres.

Segundo o conselho, a secretaria não deu informações suficientes para que a retirada das árvores seja avaliada. Por isso, pediram informações complementares.

O secretário Daniel Gobbi disse que, se for identificado risco iminente de queda das árvores antes da avaliação do conselho, irá retirá-las mesmo sem autorização.

"Ainda não fui notificado da decisão, mas vou prestar todas as informações que pedirem. O que não posso fazer é deixar a população em risco com a queda de uma árvore desse porte", disse Gobbi.

Para o arquiteto Cláudio Bauso, a importância da avenida se deve às árvores. "Na década de 40, era conhecida como avenida mais charmosa do interior por causa da copa das árvores", disse.

Segundo o Conppac, as árvores mais antigas da avenida têm entre 75 e 80 anos e a expectativa de vida média da espécie é de 120 anos.

O tombamento prevê que, com a morte das árvores, novos exemplares da mesma espécie sejam plantados para repor a cobertura vegetal.

"As árvores estão no auge de sua maturidade. Deveriam ter feito manutenção ao longo dos anos para evitar a retirada delas", disse Bauso.

REINCIDÊNCIA

Não é a primeira vez que o problema é detectado na Nove de Julho. Em 2006, a prefeitura fez estudo que apontou a necessidade de retirar 22 sibipirunas, enquanto laudo encomendado pelo Conppac verificou que só sete estavam condenadas. As outras foram recuperadas.

A presidente do conselho, Cláudia Morroni, disse que, após a prefeitura apresentar mais informações sobre a retirada, será avaliada a necessidade de encomendar ou não um laudo independente.

A poda estava prevista para começar neste mês, mas o secretário afirmou que aguardará a autorização caso não haja risco de queda. Gobbi disse que as sibipirunas retiradas serão repostas.


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