Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ribeirão

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Após 8 invasões, Dárcy apela à Promotoria

Prefeitura pede investigação e questiona suposto cunho político de ações desencadeadas na periferia de Ribeirão

Fiscalização e Guarda Municipal se envolvem em discussão após retirarem demarcação de área invadida ontem

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

Após oito invasões de áreas públicas e privadas nos últimos 30 dias, a Prefeitura de Ribeirão Preto protocolou ontem um ofício cobrando que o Ministério Público investigue as ocupações na área urbana da cidade.

Quatro das invasões ocorreram entre sábado e ontem, de acordo com os movimentos sem-teto que atuam em Ribeirão Preto. Além delas, há outras quatro áreas invadidas desde o ano passado, coordenadas pelo MLNR (Movimento Livre Nova Ribeirão).

O chefe da Fiscalização-Geral do município, Osvaldo Braga, afirmou que as invasões de ontem foram feitas em áreas da prefeitura.

Ele alega que o movimento tem cunho partidário, com a intenção de desestabilizar a atual administração.

No ofício entregue ao promotor da Habitação e Urbanismo de Ribeirão Preto, Antônio Alberto Machado, Braga pede que sejam investigadas as pessoas que participam dos movimentos.

O promotor disse que vai analisar o caso, mas que a prefeitura está pedindo providências que cabe a ela.

Segundo o governo da prefeita Dárcy Vera (PSD), as novas invasões não abrigam famílias e têm apenas estacas demarcando lotes nos locais.

A fiscalização e a Guarda Civil retiraram ontem demarcações de um terreno invadido perto do aeroporto Leite Lopes. No local, não havia representantes dos invasores.

Moradores que vivem próximo à área criticaram a ação da administração e houve um bate-boca com funcionários municipais.

"A prefeitura não limpa esta área. Está cheia de entulho, lixo e mato alto. Todo dia encontramos escorpiões por aqui. Os invasores, pelo menos, acabaram limpando o terreno", afirmou a vendedora Márcia Michele Domingues de Souza, 37.

Braga afirmou que o corte do mato do terreno deve ser feito em breve. No entanto o entulho somente será retirado quando iniciarem as obras de ampliação do aeroporto, de acordo com ele.

Também próxima ao aeroporto, uma invasão resiste, em uma área particular, com cerca de 400 famílias. O volume mais que dobrou em relação ao mês passado, quando 150 estavam no local.

No final de outubro do ano passado, a Prefeitura de Ribeirão Preto retirou 53 famílias de um outro assentamento no entorno do aeroporto e disse que era sua "última ação" para a internacionalização do Leite Lopes.

Em 2013, o município teve 11 invasões de sem-teto, em áreas públicas e particulares, reivindicando moradias.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página