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Ribeirão

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Suspensão de greve diminui lotação de cadeias na região

Diretores aproveitam 'trégua' e transferem detentos; Santa Rosa abrigou 144% mais presos que a capacidade

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

A interrupção temporária da greve dos agentes penitenciários reduziu em 64,6% o número de presos que estavam em cadeias públicas na região de Ribeirão Preto.

Durante a paralisação, os agentes não permitiram a entrada de novos detentos nos CDPs (Centros de Detenção Provisória), causando a superlotação em cadeias.

Diretores das cadeias aproveitaram a suspensão da greve na segunda-feira, por 48 horas, para transferir presos e esvaziar as unidades.

Levantamento feito pela Folha apontou que, no ápice da paralisação, cinco unidades regionais abrigaram, juntas, 249 detentos para um total de 161 vagas --o equivalente a 54,6% a mais. Ontem, havia 88 presos.

A situação ficou crítica dentro da cadeia de Santa Rosa de Viterbo, por exemplo, que abrigava 144% mais presos que a sua capacidade.

A unidade prisional, que conta com estrutura para receber 36 detentos, chegou a abrigar 88.

Uma das soluções encontradas pela Polícia Civil foi o remanejamento de presos entre todas as cadeias do Deinter-3 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), da qual fazem parte 93 cidades.

Na semana passada, as cadeias foram esvaziadas depois de uma transferência "forçada"para os CDPs, que acabou em confronto entre agentes e a Polícia Militar.

REAJUSTE SALARIAL

Os agentes deflagraram a greve há 18 dias e reivindicam reajuste salarial de 20,64%, além de outros benefícios.

Ontem, após reunião entre os agentes, o governo do Estado e o MPT (Ministério Público do Trabalho), foi oferecido reajuste de até 11,9% e o não desconto dos dias de greve.

À noite, agentes se reuniriam em 20 assembleias espalhadas por todo o Estado para votar as contrapropostas e a continuação ou não do movimento grevista. Até o fechamento desta edição, não havia decisão.


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