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'Fuga' de veículos em praça de pedágio sobe 60% em SP

No ano passado, 1,4 milhão de veículos não pagaram a tarifa nas rodovias

Há multa para quem deixa de pagar pedágio, mas cobrança é difícil por causa dos métodos usados para a evasão

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

O número de evasões de veículos em praças de pedágio nas rodovias do Estado de São Paulo aumentou 60% entre 2012 e 2013.

Evasão é sempre quando o veículo passa pelo pedágio sem pagar, seja por fraude ou falta de dinheiro, mesmo que depois seja solucionado.

No ano passado, 1,4 milhão de veículos deixaram de pagar pedágios no Estado. Em 2012, foram 880 mil, segundo dados da Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo).

Um dos motivos para o aumento das evasões é a proliferação de cancelas eletrônicas, em que motoristas encontram brechas para burlar o pagamento da tarifa.

A tática consiste em trafegar com o veículo a uma distância muito pequena do carro que está adiante e passar pela cobrança antes que a cancela abaixe, aproveitando o pagamento efetuado pelo veículo anterior.

A estratégia, considerada perigosa e passível de provocar acidentes de trânsito, é pouco coibida no Estado. Apenas uma pequena parte dos que burlam o pagamento são multados.

"Sei que muitos motoristas evadem, mas não conheço ninguém que tomou multa", disse o caminhoneiro Alexandre Andreatta, 29.

Para o docente da área de transportes da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Guaratinguetá, José Bento Ferreira, há um surto de desobediência civil no país, criado pelas manifestações, que se reflete nos números.

"As pessoas não querem pagar o imposto, se rebelam."

Dos que se evadiram do pedágio em 2013, apenas 6.155 foram multados, ou seja, somente 0,44%, de acordo com o DER (Departamento de Estradas de Rodagem).

A Polícia Rodoviária afirmou que apenas os carros que são abordados por policiais chegam a ser multados.

"Quando a praça de pedágio liga para o 190 e avisa que houve a evasão, o carro é parado no posto policial mais próximo e autuado", disse a PM Fabiana Cristina Pane.

O diretor de operações da Artesp Giovanni Pengue Filho afirmou que as câmeras instaladas nas praças pelas concessionárias não são homologadas pelo Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).

Assim, imagens produzidas pelos equipamentos, por si só, não podem gerar multas da mesma forma que as geradas por câmeras da Polícia Militar Rodoviária.

"Estamos trabalhando para melhorar a legislação", disse Pengue. Uma das preocupações da agência é com relação à segurança, já que a tática tem causado acidentes.


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