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Ribeirão

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Sem planejamento, Ribeirão Preto tem gargalos no trânsito

Para motoristas e especialistas, avenidas são as que mais apresentam problemas de tráfego

Frota de carros e motos cresceu 25,3% em cinco anos, mas vias ficaram praticamente iguais; Transerp não comenta

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

A frota de carros e motos em Ribeirão Preto cresceu 25,3% nos últimos cinco anos, para 369.282 -- o que equivale a um veículo para cada dois habitantes, segundo números do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).

Onde a fluidez do trânsito era considerada normal, como nas avenidas, agora já começa a apresentar problemas de congestionamentos, trânsito lento e acidentes.

No entroncamento das avenidas Professor João Fiúsa com a Independência, na zona sul da cidade, os motoristas precisam de paciência para cruzar a rotatória no local.

A falta de planejamento viário e a expansão urbana, associado ao aumento da frota, dificultam os deslocamentos da população, segundo especialistas. Por isso, a recomendação é sempre investimento em transporte coletivo de qualidade.

"Isto é um problema dos grandes centros. Em Ribeirão, além dos veículos da cidade, há também uma frota flutuante de visitantes que aumenta o problema", disse o professor de direito urbanístico da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado) Luiz Eugênio Scarpino.

Para o professor, o problema na cidade tem se agravado bastante nos últimos anos. "Enquanto o poder público não conseguir fomentar o transporte público, não vai haver solução", afirmou.

Os motoristas reclamam ainda do trânsito nas ruas do centro, como a Garibaldi, nos acessos para a Via Norte e na estrada Antonio Mugnato Marincek, no bairro Ribeirão Verde, na zona leste.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, as vias mais perigosas da cidade atualmente são as avenidas Marechal Costa e Silva, Francisco Junqueira, Dom Pedro I e Monteiro Lobato. Elas têm lentidão e muitos motociclistas.

Segundo o tenente dos bombeiros Glauco Castilho, a maioria dos acidentes envolve motociclistas. "As causas vão desde a imprudência, acidentes por causa da qualidade da via e problemas mecânicos", disse.

SOLUÇÕES

O professor da Faap afirmou que a restrição de estacionamento de veículos nas ruas e avenidas e obras de remodelação, são soluções que podem ser adotadas para aliviar o trânsito gerado pelo excesso de veículos.

"Há muito incentivo para a compra de veículos hoje e o poder público não consegue acompanhar esse crescimento", disse o professor do curso de engenharia civil da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), Archimedes Raia.

Procurada pela Folha, a Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano) não se posicionou sobre os problemas no trânsito e a necessidade de obras em ruas e avenidas na cidade.

A prefeitura já restringiu o estacionamento de veículos em partes das avenidas Independência e Meira Júnior, e também na avenida Francisco Junqueira.

Na avenida Nove de Julho, a medida ainda não foi adotada, apesar da necessidade apontada por motoristas. A Transerp foi o segundo setor da prefeitura que registrou maior crescimento nas reclamações no governo Dárcy Vera (PSD), com 87,5%.


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