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Ribeirão

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Cai a produtividade policial em Ribeirão

Onze dos 13 indicadores, como prisões em flagrante, tiveram queda no 1º bimestre, enquanto crimes aumentaram

PM afirma que queda é 'normal', após alta em anos anteriores; com comando novo, Polícia Civil não se posiciona

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

Onze dos 13 indicadores da produtividade policial em Ribeirão Preto registraram queda no primeiro bimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

A queda indica que houve menos atuação das polícias Civil e Militar, conforme explicação da própria Secretaria de Estado da Segurança Pública referente à estatística.

Para qualificar a ação policial, o Estado faz o comparativo de trabalhos, como o número de flagrantes lavrados e veículos recuperados

O número de prisões em flagrante --ação que decorre diretamente do trabalho desenvolvido pela polícia --diminuiu 11,87% no bimestre: passou de 379 ano passado para 334 neste ano.

As únicas altas registradas foram no número de apreensão de armas, de 21 para 23, e de porte ilegal de arma, de 51 para 54 este ano.

"Quando há crescimento desses índices, o indicador é positivo, pois significa que a polícia atuou mais", segundo a secretaria.

Em nota, a Polícia Militar informou que houve aumento na produtividade policial nos últimos dois anos e que é normal que haja a redução.

As quedas nos índices da atuação policial acontecem no mesmo período em que Ribeirão Preto registra aumento nos roubos e furtos.

Segundo a pasta em janeiro e fevereiro deste ano foram registrados 2.976 roubos e furtos, contra 2.691 ano passado --um aumento de 10,59%.

A cidade também vive um aumento no número de roubos e furtos de veículos.

Dados da SSP apontaram alta neste bimestre de 11,12%: foram 674 ocorrências em 2013 contra as 749 neste ano.

De acordo com o índice de produtividade, foram recuperados 360 veículos este ano, ante os 379 ano passado.

Para o cientista político Antônio Flávio Testa, professor da UnB (Universidade de Brasília) e especialista em segurança pública, as polícias vivem em um nível profundo de estresse e desmotivação.

"A queda na produtividade é uma realidade no país todo", afirmou.

Segundo ele, entre os pontos que desmotivam os policiais estão a diferença de salários nas carreiras no país.

O último Anuário Brasileiro de Segurança Pública, de novembro passado, apontou que a variação dos salários de um soldado, por exemplo, chega a 200% entre Estados.

"As polícias do Estado de São Paulo vivem em situação de guerra. É emblemático. Mas é o policial que tem o primeiro contato com a criminalidade, e a população fica à mercê disso tudo", afirmou.

Para o deputado estadual Major Olímpio (PDT), que é oficial da reserva, o desânimo e o desestímulo das polícias nunca esteve tão grande.

"Colegas meus dizem que só vão prender se o bandido cair na sua frente. É inadmissível", afirmou.


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