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Servidores ampliam greve em São Carlos
Total de consultas médicas canceladas em unidades de saúde chega a 450, ante as 260 da véspera, diz prefeitura
Sindicato muda foco e cancela paralisações setoriais para convocar greve geral; governo oferece reajuste de 7%
No terceiro dia de greve dos servidores municipais de São Carlos, ao menos 450 consultas médicas foram canceladas ontem em 14 unidades de saúde da cidade. Em pelo menos sete delas, a interrupção foi total até o meio da tarde.
Anteontem, o total de consultas canceladas foi de 260, de acordo com a prefeitura.
A situação deve se agravar nos próximos dias, caso não haja acordo entre o Sindicato dos Servidores e o governo de Paulo Altomani (PSDB).
Ontem, a categoria rejeitou a terceira proposta feita pela administração, de 7% de reajuste salarial -- sendo 5,68% de correção da inflação e mais 1,32% de ganho real, além de 7% de alta no tíquete alimentação, que atualmente é de R$ 122.
O Sindspam (Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos Municipais de São Carlos) quer 10% de aumento, referentes à correção inflacionária e a reajuste real.
Segundo o sindicato, no entanto, uma assembleia será marcada para discutir a proposta de Altomani.
Ainda de acordo com o sindicato, a estratégia de greve, a partir de hoje, mudou. A paralisação não mais será feita de forma escalonada, por setores, e sim por meio de uma convocação geral.
Desde terça-feira, as paralisações atingiram, além da Saúde, o almoxarifado, a frota, as Secretarias da Habitação e Fiscalização e Meio Ambiente e o Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto).
O secretário do Governo, Júlio Soldado, disse que o índice de 7% é a última proposta. "É o limite que conseguimos atendendo a orientação da Lei de Responsabilidade Fiscal", afirmou.