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Ribeirão

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Com foco em aeroportos, região 'esquece' rodoviárias

Passageiro sofre com falta de higiene, conforto e segurança, entre outros

Terminais das cinco maiores cidades da região transportam cinco vezes mais usuários que aeroportos

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

Enquanto cidades da região discutem a internacionalização de seus aeroportos e a criação de voos comerciais, as rodoviárias desses locais, que transportam cinco vezes mais passageiros, estão "esquecidas" e geram problemas aos seus 430 mil passageiros mensais.

Ribeirão, Franca, São Carlos, Araraquara e Barretos enfrentam desde a falta de limpeza nos banheiros e conforto nas áreas de embarque até dificuldades na locomoção e insegurança. Os aeroportos delas transportam 1 milhão de passageiros por ano.

Em feriados prolongados, como o iniciado na última quinta, o total de usuários até triplica e as deficiências se acentuam. Na rodoviária de Ribeirão, onde circulam 240 mil passageiros/mês, as escadas rolantes quebradas e os banheiros fechados para manutenção geram queixas.

A dona de casa Maria Aparecida dos Santos, 28, ficou irritada ao chegar de São Paulo com os dois filhos, de 2 e 5 anos, e ter de descer pela escada normal com as malas.

"Venho a cada 15 dias visitar minha família e a escada está sempre com problemas."

Quem espera pelos ônibus na área de embarque também reclama da falta de conforto das cadeiras e do calor no terminal, que tem só alguns ventiladores --a escassez de bebedouros também é notada.

Já em Franca e Barretos, que recebem juntas 80 mil passageiros, a queixa é devido a problemas estruturais.

Uma chuva em dezembro danificou parte do telhado no terminal de Barretos e o estrago não foi reparado. Comerciantes também dizem haver goteiras na rodoviária.

Em Franca, após reforma de R$ 2 milhões, a área para ônibus turísticos está sem forro no teto. De placas de isopor, foi danificado por uma ventania em setembro de 2013 --a fiação continua exposta.

No entanto, a principal preocupação é com a falta de segurança, após a prefeitura suspender o serviço privado.

Segundo o jornaleiro José Aparecido de Sousa, 65, os comerciantes pediram a volta do serviço. "Entra quem quer na rodoviária e estamos vulneráveis aos roubos."

A falta de segurança também preocupa em São Carlos e Araraquara. Na primeira, passageiros e funcionários disseram que há poucas opções de comércio --uma lanchonete e uma lan house.

Para Carlos Alberto Bandeira Guimarães, docente de engenharia de transportes da Unicamp, as taxas de embarque deveriam garantir qualidade, como condições de higiene e conforto. Ele ressalta que nas rodoviárias concessionadas, como em Ribeirão e São Carlos, cabe ao poder público fiscalizar.


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