Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ribeirão

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Governo fará audiência sobre projeto Cidade Limpa

Associação Comercial classificou a aprovação da lei como 'passo atrás'

Proposta penaliza, segundo a associação, empresários que já haviam investido para se adequar à legislação

FELIPE AMORIM DE RIBEIRÃO PRETO

Após receber críticas, a prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD), recuou e decidiu pedir ontem à Câmara a retirada de pauta do projeto que prevê a flexibilização da Lei Cidade Limpa.

Os vereadores aprovaram anteontem o projeto, enviado pela prefeita, que flexibiliza as regras para a exposição de anúncios publicitários no município.

Entre as propostas estão a diminuição de 60 metros para 30 metros da distância mínima de outdoors de parques e áreas de preservação ambiental e a permissão para a colocação de anúncios publicitários em prédios públicos, quando o evento fizer parte do calendário oficial.

Segundo o governo, o objetivo é fazer uma audiência pública sobre as modificações. Em nota, a prefeitura informou que enviará um ofício à Câmara hoje pedindo que a audiência seja realizada na próxima semana.

O projeto ainda precisaria passar por uma segunda votação para a aprovação de seu texto final, após receber emendas de vereadores.

Antes disso, no entanto, a Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto) e a própria Câmara questionaram a lei.

A Acirp classificou a proposta de alteração da lei como "um passo para trás nas conquistas por uma cidade livre dos excessos de publicidade e poluição visual".

A proposta, ainda de acordo com a associação, penaliza os empresários que já haviam se adequado à lei e tiveram que investir para obedecer as restrições.

O vereador Marcos Papa (sem partido) afirmou, na sessão em que o projeto foi aprovado, que entraria com uma representação no Ministério Público por julgar a votação ilegal sem a realização prévia da audiência.

"A sociedade precisa dizer na audiência quais interesses ela está defendendo", afirmou o parlamentar.

O artigo 48 da Cidade Limpa determina que a lei só pode ser alterada depois de realizada audiência pública.

Apesar de a obrigação constar no texto da lei, a prefeitura informou, na nota, que o parecer da Supervisão de Proteção à Paisagem Urbana "não esclarecia a necessidade da realização de audiência pública".

O presidente da Câmara, Walter Gomes (PR), afirmou que não se opõe à realização da audiência, mas que o Executivo já a deveria ter feito antes de enviar o projeto.

Ele disse apoiar regras menos rígidas para os anúncios, pois as restrições prejudicaram pequenos comerciantes, que não conseguiram se adequar. Gomes defende que a implantação da lei fosse gradual, com início no centro.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página