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Vítima de agressões diz 'não ser de briga'

Servente de pedreiro, alvo de espancamento em Araraquara, teve alta do hospital na manhã desta quarta-feira

A Polícia Civil aguarda a decisão da Justiça para efetuar a prisão temporária de cinco suspeitos do crime

DE RIBEIRÃO PRETO

Já em casa, em recuperação das fraturas e escoriações, o servente de pedreiro Mauro Rodrigues Muniz, 37, disse estar agradecido por estar vivo após sofrer uma tentativa de linchamento.

Confundido com o irmão, ele foi espancado por cerca de 30 pessoas na noite do último domingo (11). O crime aconteceu em frente à casa onde Mauro mora com a família, em Araraquara.

A Polícia Civil pediu a prisão temporária de cinco pessoas suspeitas de envolvimento e também a apreensão de dois adolescentes.

A confusão começou após o irmão de Muniz, Luciano, agredir a própria mulher. A briga foi apartada por familiares e amigos e, em seguida, Luciano fugiu do local.

Ao saber da agressão, vizinhos foram até a casa de Muniz, que foi confundido com o irmão. O servente foi atacado com pedaços de madeira, tijolos e pedras.

"Não lembro de quase nada. Ouvi o barulho e pensei que estavam batendo na minha irmã, Vanessa. Sai e logo levei a primeira paulada na cabeça. Depois disso só fui acordar no hospital", disse.

Ele foi internado em estado grave na Santa Casa da cidade. Na terça-feira (13) apresentou melhora e, no dia seguinte, recebeu alta.

Ele sofreu fraturas múltiplas em todo o corpo, além de traumatismo craniano.

"Não estou conseguindo comer direito porque quebraram todos os meus dentes."

Apesar de ter sido liberado do hospital pelos médicos, Muniz ainda deve realizar uma série de exames para saber quais foram as consequências do espancamento.

O servente de pedreiro afirmou que não teve nenhum tipo de envolvimento com a briga do irmão com a cunhada.

"Não sou de briga. Sou do serviço para casa e só. Essa é a minha vida", afirmou.

Uma semana antes do espancamento, Muniz havia conseguido um emprego com registro em carteira.

Apesar de não lembrar, Vanessa afirmou que durante a tentativa de linchamento o irmão pediu para que os agressores parassem para que tivesse condições de retornar ao trabalho no dia seguinte.

Ele disse que vai conversar com o patrão para negociar os dias de trabalho perdidos.

O servente disse que não teve contato com o irmão, que seria o alvo dos agressores.

"Não falei com o Luciano, nem quero falar. O que ele fez comigo e com a minha família não se faz nem com um cachorro", afirmou Muniz.


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