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Feira do Livro discute a condição dos negros
Evento terá debates com o reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares e o rapper MV Bill
Depois de um final de semana com programação voltada para apresentações musicais e teatrais, a Feira do Livro de Ribeirão Preto traz nesta segunda (19) especialistas e escritores para discutir a condição do negro no Brasil.
Uma mesa de debates às 16h, no Theatro Pedro 2º, discute a condição do negro sob a perspectiva da literatura. Um dos convidados é Dagoberto Fonseca, fundador do Instituto Afrobrasileiro de Ensino Superior e reitor da faculdade Zumbi dos Palmares.
Entre os nomes mais conhecidos, o evento terá um Salão de Ideias, às 14h30, nos Estúdios Kaiser de Cinema, com o rapper MV Bill. Ele, que também é escritor e ativista, contará sobre seu livro "Falcão - Meninos do Tráfico".
Para terminar o dia de debates, o grupo Letieres Leite e a Orkestra Rumpilezz apresentam uma mistura das raízes afrobaianas com o jazz. A apresentação será às 21h, no Theatro Pedro 2º.
O sábado (17), que tinha a temática voltada para a discussão sobre os direitos das mulheres, enfrentou temas polêmicos como o machismo no mercado de trabalho.
A jornalista Ana Paula Padrão disse que, por conta do patriarcalismo na nossa sociedade, muitas mulheres só conseguem se impor socialmente se adquirirem características masculinas. E admitiu que teve que se "masculinizar" em algumas situações.
Além das mulheres, a feira também teve um Salão de Ideias com discussão sobre biografias não autorizadas.
O jornalista Paulo César Araújo, autor da biografia não autorizada de Roberto Carlos, disse não ter desistido de voltar a comercializar o livro "Roberto Carlos em Detalher", que por ordem judicial foi recolhido em 2007.
"O Roberto Carlos é terrível, mas eu também sou", disse Araújo, na feira.