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Rapper MV Bill diz que Brasil vive 'mito da democracia racial'

Cantor falou sobre racismo, educação e cultura para um público de 1.200 pessoas

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

O rapper MV Bill disse nesta segunda-feira (19) que o racismo é uma doença que não pode mais ser tolerada na sociedade brasileira. O ator e escritor participou de um Salão de Ideias na Feira do Livro de Ribeirão Preto.

Em um debate, com a presença de mais de 1.200 pessoas, o rapper foi ovacionado pelo público -- formado, em sua maioria, por adolescentes. E, recepcionado com um "paredão" de celulares que registraram o encontro.

"A gente vive um mito da democracia racial. E isso é um absurdo. Fora da África, o Brasil é o país com o maior número de pretos", disse Bill.

Ele explicou que prefere usar o termo "pretos" do que "negros", por acreditar que o segundo tem uma conotação negativa e carrega uma herança da escravidão.

"O racismo é tão forte e existe até entre os pretos. O racismo no Brasil ocorre pelo tom da pele. O mais escuro sempre sofre mais preconceito", afirmou o cantor.

Ele incentivou os jovens a "invadir" os espaços em que negros e pobres foram excluídos. Segundo ele, essa invasão ocorre através da educação, da qualificação e, principalmente, da resistência e combate ao preconceito.

Bill contou que encontrou no rap a superação para a "invisibilidade" e o bullying que sofria na escola.

"Eu era um saco de pancadas, sempre fui muito alto e magro e tiravam sarro de mim por tudo. Eu gostava de jogar vôlei e me chamavam de viadinho. Com o rap, eu passei a ser o cara", contou.

O único momento em que desapontou os adolescentes foi quando disse que não iria cantar durante o evento. Mas ao final, acabou cedendo e cantou uma música que compôs nos últimos dias. Ao final, tirou foto com cerca de cem pessoas.


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