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Ribeirão

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Receita aumenta, mas 'calote' continua

Prefeitura de Ribeirão admite atraso no pagamento a fornecedores e diz que tenta encontrar equilíbrio financeiro

Administração direta tem alta de 13% na arrecadação, e governo sai da zona de risco do limite prudencial

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

Mesmo após ter registrado o "melhor quadrimestre da administração", o governo da prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD), continuará com dificuldades para pagar fornecedores.

A afirmação foi feita pelo secretário da Fazenda, Francisco Sérgio Nalini, na manhã desta segunda-feira (26), em audiência pública sobre as metas orçamentárias de janeiro a abril deste ano.

"Quebramos a ordem de pagamento para tentar um equilíbrio, mas ainda não conseguimos atingir este equilíbrio plenamente. As empresas reclamam [de atraso nos pagamentos] com razão", afirmou o secretário.

O valor da dívida com fornecedores é de R$ 33 milhões, e o atraso nos pagamentos, de cerca de 60 dias.

De acordo com a vereadora tucana Gláucia Berenice, da comissão de finanças da Câmara, em 2013 a prefeitura alterou cinco vezes a ordem cronológica de pagamento e, neste ano, 11.

O atraso nos pagamentos atinge empresas que prestam serviços essenciais à população, como na saúde.

A SPX Serviços de Imagem, que faz exames de raios X em postos de saúde, enviou ofício à prefeitura informando as dificuldades de manter o serviço devido ao não pagamento de R$ 216,9 mil.

"[O problema] Só vai acabar quando não tiver deficit financeiro. Este deve ser o ano em que deveremos inverter o quadro", disse Nalini.

Ainda de acordo com ele, o problema é registrado porque a Prefeitura de Ribeirão Preto tem de pagar dívidas trabalhistas e precatórios.

"Temos que pagar à vista para não cometermos irregularidades", afirmou.

ALTA

A administração direta fechou o primeiro quadrimestre com crescimento de 13% na arrecadação em relação ao mesmo período do ano passado, conforme os dados apresentados na audiência.

No primeiro quadrimestre de 2013, o montante atingiu R$ 534,2 milhões, ante os R$ 606,7 milhões arrecadados em igual período deste ano.

Os motivos apontados para a alta são a intensificação das cobranças, com a aplicação de multas de 20%, e a inscrição dos inadimplentes na dívida ativa.

O secretário anunciou também que a prefeitura saiu da zona de risco do limite prudencial de 51,3% dos gastos com folha de pagamento, estipulado pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). A administração estava acima desse patamar desde 2013.

No primeiro quadrimestre do ano, a despesa líquida com pessoal ficou em 50,67%, ante os 52,78% do mesmo período do ano passado. O teto é 54%, segundo a lei.

Em abril, a prefeitura fechou o caixa com R$ 90,5 milhões. O valor é 25,7% maior que o obtido no mesmo mês de 2013, de R$ 71,9 milhões.


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