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Ribeirão

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Casos de dengue podem subir com falta de agentes

Com apenas 87 funcionários, Vigilância em Saúde de Ribeirão admite risco

Município vê queda de 63% no número de profissionais em três anos; prefeitura diz que irá abrir concurso

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

O número de agentes de Controle de Vetores em Ribeirão Preto caiu para 87 neste mês, com o término de 56 contratos emergenciais, expondo a cidade ao risco de aumento de casos da doença.

O risco foi assumido pela diretora do departamento de Vigilância em Saúde, Maria Luiza Santa Maria, em ofício enviado ao Sindicato dos Servidores Municipais.

Em três anos, Ribeirão viu despencar o número de agentes em 63%: em 2011, eram 236 funcionários.

No documento, Maria Luiza afirmou que o município não atingiu a meta de visitar 80% dos imóveis, no ano passado, porque o departamento "está trabalhando com número de funcionários abaixo do recomendado pelas normas técnicas".

O Ministério da Saúde recomenda que haja um agente a cada mil imóveis --hoje, o número atual de agentes cobre apenas 35% do total de cerca de 250 mil casas.

A falta dos agentes contraria também o plano de ações da prefeitura no controle de combate à doença.

"O trabalho triplicou para quem faz o campo. É muito cansativo e não se consegue cobrir a área", afirmou o ex-agente Adelino Mota, cujo contrato venceu neste mês.

O problema pode ser ainda maior, já que um terço destes profissionais realiza trabalhos administrativos e não atuam em campo, de acordo com o sindicato.

"A sorte é que neste ano houve estiagem e os casos de dengue, até o momento, estão controlados", afirmou Célio Costa, da seccional da saúde do sindicato.

O último levantamento da prefeitura, divulgado no dia 15, apontou que Ribeirão tem 144 casos confirmados.

Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde disse que, agora que o estouro do limite prudencial da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) foi resolvido, irá solicitar à administração municipal a abertura de concurso para a contratação de agentes.

No entanto, não informou quantos cargos deverão ser criados e quando o concurso será solicitado.

A assessoria afirmou ainda que Ribeirão "sempre estará suscetível à epidemia de dengue em virtude de suas condições climáticas".

Em Araraquara, que tem 683 casos confirmados e vive uma epidemia fora de época, 22 agentes deixarão de atuar neste sábado (31).

A medida foi determinada pela Delegacia Regional do Trabalho porque eles são terceirizados, o que é ilegal --lei federal determina que agentes públicos entrem em casas.

A prefeitura deverá contratar 35 novos agentes.


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