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Ribeirão

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A quatro dias da chegada da França, reunião da Copa expõe fragilidades

Divergências entre os órgãos de segurança, a prefeitura e a Fifa provocam improvisos e transtornos

'Padrão Fifa' e falta de comunicação entre órgãos fizeram com que as decisões ficassem para a última hora

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

A reunião realizada nesta quinta-feira (5) em Ribeirão para definir o planejamento das ações durante a estadia da seleção francesa na cidade durante a Copa do Mundo expôs a fragilidade das instituições e problemas na organização da segurança.

A quatro dias do desembarque da seleção da França, o encontro, que teve a participação das polícias Militar e Federal, representantes da Fifa e prefeitura, mostrou que há ainda muitas ações a serem definidas.

Inclusive alterações que afetam a população só foram informadas nesta quinta.

A Associação das Autoescolas de Ribeirão Preto não poderá utilizar o espaço em frente ao estádio Santa Cruz para dar aulas práticas de direção de veículos durante a estadia da França.

Para o treino aberto, na próxima terça (10), houve divergência na forma como será controlada a entrada de público, revista pessoal, averiguação da autenticidade dos ingressos e, até mesmo, a quantidade de público.

Como o "padrão Fifa" é diferente do usado pela polícia --por exemplo, a entidade veta a entrada de instrumentos como a vuvuzela e até tablets--, a revista do público será feita pela PM e por seguranças particulares da Fifa.

Segundo o tenente-coronel Renato Alves, a PM já esperava mudanças no planejamento feito anteriormente com outros órgão de segurança.

"A Fifa só está nos trazendo alguns detalhes hoje, nós já sabíamos que isso ia acontecer. Tentamos conseguir essas informações antes, mas não nos passaram. Agora, temos que nos adaptar", disse.

Os ingressos para o treino ainda não foram disponibilizados pelo COL (Comitê Organizador Local). A expectativa da prefeitura é de que sejam distribuídos no sábado (7).

A retirada deve ser feita na bilheteria do Theatro Pedro 2º. De acordo com Alves, no mesmo dia e local está marcado um protesto, que pode prejudicar a entrega.

A polícia ainda teme que os materiais de construção da reforma do calçadão da rua General Osório possam ser usados como armas, caso haja um protesto violento.

A prefeitura disse na tarde desta quinta que a Secretaria de Obras ainda vai definir as medidas de segurança para o local. Sem definir prazos.

"Já pedimos para que as pedras fossem retiradas para a segurança da polícia e, principalmente, da população, da seleção e autoridades. Isso está registrado e, se houver algum incidente, ela [prefeitura] foi alertada", disse Alves.

Outro ponto de discordância com a prefeitura foi o número de ingressos.

Segundo a presidente da Fundação Dom Pedro 2º, Dulce Neves, a prefeita Dárcy Vera (PSD) pediu para que a Fifa aumentasse o público do treino --a prefeitura foi criticada pela suposta falta de transparência na distribuição dos ingressos, esgotados em somente 28 minutos.

Sérgio Carrieri, representante da Fifa, imediatamente descartou a possibilidade levantada pelo governo. O treino, segundo ele, deve durar de 15 minutos a 2 horas, a ser determinada pela FFF (Federação Francesa de Futebol).


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