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PM mata 5 e anuncia novo reforço contra represálias
Homens eram suspeitos de integrar quadrilha que furtava caixa eletrônico
PM diz que revidou aos disparos da quadrilha; 14 policiais tirados de folgas agendadas farão a segurança em bairro
Cinco suspeitos de integrarem uma quadrilha de furtos a caixas eletrônicos foram mortos pela Polícia Militar na madrugada desta sexta-feira (6) durante uma suposta troca de tiros no anel viário, no bairro Heitor Rigon, na zona norte de Ribeirão Preto.
O caso aconteceu seis dias após a polícia reforçar a segurança na cidade com mais 300 homens depois da morte de um suspeito de roubos no último sábado (31), que culminou em 13 ataques a veículos --entre incêndios e depredação-- na semana.
A PM afirmou que usou fuzis e submetralhadoras para revidar aos tiros dos suspeitos, disparados de pistolas, espingardas e revólveres. Em um dos veículos dos assaltantes, a Folha contou ao menos 17 marcas de tiros.
Depois da ação, a PM convocou 14 policiais que estavam em folga para reforçar o patrulhamento no bairro Heitor Rigon e no entorno. O temor é de represálias como as ocorridas na semana.
O ouvidor da polícia no Estado, Júlio César Fernandes Neves, afirmou que a situação no município começa a ficar "preocupante".
AÇÃO
A ação que resultou na morte dos cinco suspeitos partiu, segundo a PM, de uma denúncia anônima de que homens em três carros roubados estavam a caminho de um ataque a caixas eletrônicos no início da madrugada.
Segundo a tenente Lilian Rivoiro, porta-voz da PM, foi montada uma operação policial. Na fuga dos suspeitos, um dos carros bateu em árvores e caiu numa ribanceira.
Ainda de acordo com a corporação, quatro homens saíram de dentro do veículo atirando e todos foram mortos pelos policiais.
Em outro carro, três homens também atiraram e dois deles foram baleados. Um morreu. Adilson Donizete Luís, 29, sofreu ferimentos de raspão e foi detido. Cinco outros suspeitos fugiram.
Segundo o delegado Ricardo Turra, chefe da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), os suspeitos mortos têm entre 21 e 25 anos, e só um deles não tinha passagem pela polícia por cometer crimes.
Turra afirmou que eles fazem parte de uma quadrilha maior, que já era investigada.
Foram apreendidos explosivos, sete armas, munições e coletes da GCM (Guarda Civil Municipal) de São José do Rio Preto.
O coronel João Roque, diretor da GCM de Rio Preto, afirmou que os coletes são de empresa particular.
A conduta dos policiais será apurada internamente.
No sábado, o suspeito de roubos Tiago Guandalin, 31, foi morto após apontar uma metralhadora falsa para os policiais. O caso aconteceu no bairro Branca Sales, zona oeste de Ribeirão.
Desde então, ônibus deixaram de circular na região durante a noite e o tráfico de drogas impôs o toque de recolher a moradores do local.
Festas juninas nas escolas municipais foram canceladas até a próxima semana. A determinação partiu da Secretaria da Educação, em aviso divulgado nesta sexta.