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No dia de S. Antônio, padre diz que mulher tem de se valorizar
MARIANA BRUNO RIBEIRÃO PRETOAs missas do dia de Santo Antônio, nesta sexta-feira (13) na Catedral Metropolitana de Ribeirão, reuniram cerca de mil pessoas, sendo 95% dos fiéis formado por mulheres.
O sermão da missa foi voltado para elas, aproveitando a fama do santo, de ter vocação "casamenteira".
"Hoje em dia está tudo muito fácil, sejam difíceis. As pessoas dão mais valor àquilo que é difícil de conquistar", disse o padre Francisco Jaber Moussa no sermão.
Durante a missa das 12h, a todo momento fiéis chegavam com pães para serem abençoados, como manda a tradição católica.
De acordo com o padre Chico, os pães devem ser guardados em potes de arroz para atrair fartura.
A catedral contou com o auxílio de padarias, que enviaram pães para serem colocados no altar, em frente à imagem do santo.
O santo franciscano, um dos mais populares da Igreja Católica, ao lado de São Francisco e Santo Expedito, ficou conhecido como casamenteiro porque foi um pregador e defensor da família.
De acordo com o padre, o santo também era preocupado e engajado com causas sociais, o que o conferiu o título de protetor dos pobres.
Santo Antônio é conhecido na Igreja Católica por ter atraído muitos fiéis com seus sermões, em que pregava a importância da caridade e da simplicidade. Ele também era um defendia os valores da família.
Estudos apontam que o santo morreu aos 36 anos, próximo da cidade de Pádua, na Itália, em 1231.
Durante o sermão, o padre ressaltou a importância do que pregava Santo Antônio e criticou a banalização dos relacionamentos, o que, segundo ele, ocorre pelas facilidades da internet e a influência de algumas novelas.
No entanto o santo não é lembrado apenas por aqueles que querem conseguir um namorado ou casamento. É o caso da aposentada Clarice Teixeira Santana.
"Já alcancei muitas graças. Coisas que peço para mim, meus filhos e outras pessoas que eu sei que precisam. A minha casa, que é própria, é uma exemplo do que alcancei por causa de Santo Antônio", afirmou Clarice.
O professor Francisco Miguel Campanini também foi à missa com um pedido para uma amiga, que passará por uma cirurgia nos próximos dias. Assim como os outros fiéis, ele escreveu o pedido em um papel.
Ao final da missa, o padre seguiu o rito característico da celebração do dia, queimando os pedidos e abençoando as centenas de pães levados pelos fiéis.
Na Paróquia Santo Antônio de Pádua, no bairro Campos Elíseos, aproximadamente 3.000 pessoas acompanharam as seis missas realizadas durante o dia.
