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Estudo sugere ônibus a R$ 3,75 em Franca

Pesquisa sobre preço da passagem do transporte público foi encomendada pela prefeitura após protestos de 2013

Prefeito diz que valor proposto está fora de cogitação, mas não descarta reajuste com um índice inferior

CAMILA TURTELLI ENVIADA ESPECIAL A FRANCA

A conclusão de uma pesquisa, encomendada pela Prefeitura de Franca, recomendou que a tarifa do transporte público tenha um aumento de 33% e passe dos atuais R$ 2,80 para R$ 3,75.

O levantamento feito pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) tinha como objetivo estudar o valor da tarifa cobrada e revelar se os custos do sistema de transporte estão de acordo com a receita gerada com a venda de passagem.

O resultado foi apresentado nesta quarta (18) durante uma coletiva com o prefeito Alexandre Ferreira (PSDB) e representantes do movimento popular "Fora São José" --em alusão à empresa que opera o sistema no município.

O movimento reivindica melhorias no transporte público do município.

O prefeito disse que foi pego de surpresa pela sugestão do aumento e afirmou, no evento, que não vai acatar a recomendação. No entanto ele não descartou a possibilidade de reajuste inferior.

A empresa São José foi procurada pela Folha para comentar o assunto, mas nenhum diretor se pronunciou.

Há cerca de um ano o preço da tarifa foi alvo de protestos na cidade, como outras manifestações que ocorreram no país no mesmo período.

Na época, a prefeitura decidiu congelar o preço da passagem e não aplicou o reajuste anual. O último aumento de passagem em Franca foi em julho de 2012 --até então custava R$ 2,65.

"Nós queremos fazer uma auditoria nessa pesquisa. Não é possível que essa seja a única solução", disse o professor Thiago Peres Rodrigues, 25, membro do "Fora São José".

O movimento é contra qualquer novo aumento da tarifa e promete realizar manifestações populares e buscar o Ministério Público, caso isso aconteça.

O prefeito tem até o dia 30 deste mês para autorizar novo aumento da tarifa.

GRATUIDADE

Um dos responsáveis pela pesquisa, o economista Rodrigo da Silveira Bueno afirmou que o impasse no transporte público de Franca é a "gratuidade excessiva".

Hoje em dia, além de idosos e portadores de deficiência, categorias como empregadas domésticas e servidores sindicalizados, entre outros, também têm passe livre.

O prefeito afirmou que, até o final do contrato com a empresa (2018), não é possível alterar as gratuidades.

Para Bueno, a administração pode, como alternativa ao aumento recomendado, tentar reorganizar a malha, diminuindo a frota de ônibus em circulação fora dos horários de pico.

A medida poderia diminuir o custo da empresa de transporte e evitar o aumento da tarifa. Entretanto, ele não garante que a alternativa possa recuperar o equilíbrio econômico do transporte.


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