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Animais atropelados em rodovias terão assistência

Veterinários discutem padronização no socorro e na recuperação das vítimas

No ano passado, 6.300 animais morreram em estradas do Estado de São Paulo, de acordo com as concessionárias

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

Após a morte de ao menos 6.300 animais nas estradas do Estado em 2013, segundo as concessionárias de rodovias, um grupo de veterinários se uniu para estabelecer protocolos para o atendimento emergencial desses bichos.

Na região de Ribeirão, 263 animais foram atropelados e morreram nas rodovias no primeiro semestre deste ano, conforme dados das concessionárias. No acumulado de 2013, foram 523 registros.

De acordo com os veterinários, o atropelamento nas estradas é atualmente uma das principais ameaças à preservação das espécies e a padronização do atendimento dos acidentados pode contribuir na recuperação dos indivíduos e reduzir as mortes.

O grupo de veterinários foi criado no final de maio por profissionais que fazem parte de zoológicos, instituições de ensino e pesquisa, centros de triagem e recuperação de animais silvestres e clínicas particulares.

"Os animais que conseguem ser resgatados são atendidos por centros de fauna e instituições de ensino, e cada instituição possui a sua metodologia de atendimento", diz Tatiana Cruvinel, professora da Unirp (Centro Universitário de Rio Preto), que preside o grupo.

Segundo ela, há pouca pesquisa no país sobre esse tipo de atendimento e o objetivo é reunir informações e trocar experiências sobre o tema.

"O primeiro atendimento que é feito no animal é crucial. Se ele é atendido por um leigo, por exemplo, prevenções que poderiam ser feitas podem ser ignoradas, e a evolução, ser desfavorável", afirma Silvia Cortopassi, pesquisadora da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP.

Segundo ela, não há no país um protocolo de atendimento para esses casos.

"Em medicina veterinária, inexistem manuais que determinam o atendimento ao animal politraumatizado. Resta-nos a opção de adaptar as condutas aplicadas em humanos, na medida do possível", afirma Cortopassi.

Entre 2012 e 2013, o número de atropelamentos caiu 4%. Para os especialistas, porém, há uma sensação de aumento dos casos. "O número de atropelamentos é bastante significativo. A ação humana tem feito com que os animais sigam para áreas urbanas", diz Hélio Langoni, professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp Botucatu.

De acordo com Marisa dos Santos, bióloga do Bosque Zoológico Fábio Barreto, o tamanduá-bandeira e o lobo-guará são vítimas comuns nas rodovias da região de Ribeirão Preto.


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