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Ribeirão

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Com seca, incêndios se espalham na cidade

Apenas nos primeiros nove dias deste mês, Ribeirão Preto registrou 17 queimadas, a maioria delas na área urbana

Dados do Corpo de Bombeiros mostram aumento na incidência de queimadas de 73% em junho no município

HEITOR MAZZOCO ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

Com a estiagem recorde que atinge Ribeirão Preto em 2014 --não houve registro de um milímetro sequer de chuva nos últimos 30 dias--, incêndios estão se espalhando na cidade, causando problemas à população.

Apenas em julho foram ao menos 17 incêndios, segundo levantamento feito pela Folha. Dados do Corpo de Bombeiros mostram que as principais ocorrências registradas no período são em matas e terrenos baldios.

Com o tempo seco, o fogo se prolifera rapidamente, podendo atingir casas ou estabelecimentos comerciais.

Segundo os bombeiros, a proliferação de focos de incêndios ocorre por uma junção de fatores, que incluem o ar seco, fortes ventos e queimadas agrícolas.

O número de incêndios em matas aumentou no mês de junho, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram, segundo os bombeiros, 71 casos neste ano, ante os 41 de 2013, o que representa um aumento de 73,1%.

Na última segunda-feira (7), por exemplo, uma área de dez hectares foi queimada na USP (Universidade de São Paulo) Ribeirão, o equivalente a 13 campos de futebol.

No dia anterior, houve incêndio às margens da rodovia Candido Portinari, que formou uma cortina de fumaça no local, prejudicando motoristas. Já nesta quarta, outra área, também próxima à rodovia, foi alvo de incêndio.

Para o presidente da Soderma (Sociedade de Defesa Regional do Meio Ambiente), o químico Paulo Finotti, os incêndios rurais ou urbanos trazem ainda prejuízos à saúde da população.

Ele afirmou que as queimadas rurais, por exemplo, podem até causar câncer. Isso porque há fuligem fina que acaba sendo aspirada pela população. Nela existem partículas de carvão.

Finotti disse que em locais urbanos o perigo é maior, porque terrenos baldios podem ter qualquer tipo de material que, em contato com o fogo, libera gases pesados.

"Além do perigo de atingir locais próximos, existe o aspecto de essas substâncias virarem coquetel na atmosfera. Isso pode causar problemas sérios aos idosos e crianças e aos que têm problemas respiratórios", afirmou.

Os constantes incêndios, para ele, têm facilitadores para que aconteçam na estiagem. "Uma garrafa quebrada na estrada, com a luz do sol atingindo diretamente, pode se transformar em lente que forma uma chama", afirmou.

A última chuva registrada pelo Ciiagro (Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas), da Secretaria de Estado da Agricultura, foi antes de 25 de maio.

Há previsão de chuva para esta quinta, mas o volume será insuficiente para repor perdas.


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