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Ribeirão

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Fundação Casa ignorou alerta de rebelião, afirmam agentes

Funcionários de unidade de Ribeirão relatam falta de segurança

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

Os agentes da Fundação Casa de Ribeirão Preto afirmaram nesta segunda-feira (14) que a direção da unidade ignorou um alerta de rebelião dado no sábado (12) à tarde e ainda cortou a vigilância noturna no mesmo dia.

O aviso foi dado pela mãe do jovem que aplicou uma "gravata" e agrediu com socos e chutes um funcionário, junto de outros quatro adolescentes, no sábado à noite.

A direção da fundação foi questionada, por meio da assessoria, sobre o alerta, mas não respondeu às perguntas.

De acordo com os funcionários, após o horário de visita, a mãe teria avisado o coordenador da UIP (Unidade de Internação Provisória) Ouro Verde, Fábio Lessa, de que o filho tinha a intenção de fazer uma rebelião.

No entanto, nenhuma medida de segurança foi tomada. Para agravar a situação, a coordenação cortou, ainda no sábado, o turno dos vigias que trabalham à noite.

O agente disse que estava sozinho no momento em que foi agredido, vigiando 22 adolescentes. Ele foi rendido quando abriu a porta de um dos quartos para levar os jovens ao banheiro.

"Em três anos que trabalho na fundação, foi a pior cena que já vi", disse outro agente, que ajudou o colega.

Segundo ele, o funcionário agredido estava ensanguentado, sendo segurado pelo pescoço e brutalmente agredido com socos e chutes.

Ele afirmou que trabalha no complexo C, o mesmo em que houve a agressão.

No entanto, quando assumiu o plantão, foi designado para atuar em outro complexo, pela falta de funcionários.

"O problema [da fundação] é a falta de funcionários. Há módulos em que dois agentes vigiam 56 adolescentes."

Os agentes disseram que, no último dia 10, coordenadores enviaram um e-mail ao diretor da fundação, Guilherme Astolfi Nico, solicitando a liberação de horas extras para suprir a falta de funcionários. O pedido ainda não foi respondido.

Segundo o Sitraemfa (sindicato que representa a categoria), funcionários de 90% das unidades no Estado reclamam da insegurança.

Em maio, quando os agentes deflagraram greve, a contratação de funcionários foi a principal reivindicação.

Em nota, a instituição afirmou que o número de funcionários na UIP é suficiente.


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