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Conselho do Patrimônio proíbe retirar 12 árvores na Nove de Julho
Estudo indicou que 27 sibipirunas da via correm risco de queda
A Secretaria do Meio Ambiente de Ribeirão Preto teve negado um pedido para a retirada de 12 árvores do canteiro central da avenida Nove de Julho, uma das principais do município.
Em janeiro, a pasta concluiu um estudo que apontou que 27 das 211 sibipirunas da avenida corriam risco de queda. No entanto ao pedir a autorização do conselho de preservação do patrimônio só conseguiu liberação para a retirada de 15 árvores.
Em março, o corte havia sido vetado pelo Conppac (Conselho de Preservação do Patrimônio Artístico e Cultural), sob a alegação de não ter informações suficientes para avaliar a retirada.
As árvores da Nove de Julho foram tombadas como patrimônio em 2006, junto com paralelepípedos, canteiro e obelisco. Por isso, toda alteração precisa ser aprovada pelo conselho.
Segundo a secretaria, das 15 sibipirunas que tiveram a remoção autorizada, duas estão doentes, quatro foram plantadas em locais inadequados e nove estão com risco iminente de queda.
Apesar do risco, a secretaria informou que não tem previsão de quando as árvores serão retiradas. A extração só entrará no cronograma de serviços da Coordenadoria de Limpeza Urbana após a secretaria receber formalmente o parecer do Conppac.
As árvores que serão retiradas se concentram no trecho entre a avenida Independência e a rua Alvares Cabral e foram as primeiras a serem plantadas.
Segundo o arquiteto Claudio Bauso, as árvores mais antigas têm entre 75 e 80 anos. Apesar de terem uma expectativa de vida de até 120 anos, a poluição e a falta de manutenção podem ter "encurtado" a vida de algumas.
Após a retirada das árvores, novos exemplares já desenvolvidos serão plantados no mesmo local. Árvores de outras espécies também foram identificadas na avenida e serão retiradas e plantadas em outro local da cidade.
REINCIDÊNCIA
Não é a primeira vez que o problema é detectado na avenida Nove de Julho.
Em 2006, a prefeitura fez um estudo que apontou a necessidade de retirar 22 sibipirunas, enquanto um laudo encomendado pelo Conppac verificou que somente sete estavam condenadas. As outras foram recuperadas.