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Ribeirão

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Geração de empregos é a pior em 5 anos

Região criou só 19 mil vagas com carteira assinada no primeiro semestre deste ano nas dez cidades mais populosas

Segundo especialistas, retração econômica é agravada também pelo desempenho ruim do setor sucroalcooleiro

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

A criação de empregos nos primeiros seis meses de 2014 na região de Ribeirão foi a menor dos últimos cinco anos, atrás somente de 2009, ano em que o mundo sentiu os efeitos da crise econômica deflagrada no ano anterior.

Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados nesta quinta-feira (17) revelam que no primeiro semestre deste ano as dez cidades mais populosas da região criaram 19.082 postos de trabalho --diferença entre as admissões e os desligamentos no período.

Em 2013, foram criados 21,4 mil empregos, e, no ano anterior, mais de 24 mil. Só 2009 teve um desempenho pior que o primeiro semestre deste ano: 7.654 vagas.

Os números são referentes aos empregos formais, ou seja, com carteira assinada.

Em Ribeirão Preto, esse é o pior resultado para o mês de junho desde 2003, quando os dados começaram a ser divulgados por município.

Professor de economia da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto), da USP, Rudinei Toneto Junior afirmou que o resultado já era esperado por causa do baixo crescimento econômico do país.

"Todos os setores estão sentindo o efeito da estagnação econômica, principalmente porque a indústria passa por um processo de retração", disse.

Nesta quinta-feira, o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) divulgou números do emprego na indústria que mostram queda nos postos de trabalho.

De acordo com o docente, a diminuição das vagas é reflexo, principalmente, da crise enfrentada pelo setor sucroalcooleiro, que viu mais de 60 usinas fecharem desde 2008 no país.

Laudelino Barbosa Neto, diretor comercial da Simisa, de Sertãozinho --polo de empresas que produzem maquinários para usinas--, disse que foram demitidos cerca de 300 trabalhadores no mês passado na empresa.

"O momento é péssimo, principalmente para o setor [sucroalcooleiro], porque houve uma crise gerada pelas políticas governamentais equivocadas, que não prioriza a geração de energia limpa e o etanol", disse.

De acordo com ele, a empresa é uma das únicas "que ainda estão conseguindo trabalhar e atender a demanda". "A situação da maioria [em Sertãozinho] é muito ruim."


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