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Ribeirão

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Exportações despencam na região em 2014

Oito das dez cidades mais populosas veem embarques caírem de janeiro a junho; Ribeirão e Franca são exceções

Vendas de soja triturada, que têm a China como principal destino, caíram 99% no ano em Araraquara

HEITOR MAZZOCO DE RIBEIRÃO PRETO

As exportações nas dez maiores cidades da região de Ribeirão Peto despencaram no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2013.

O volume exportado, de US$ 2,4 bilhões (R$ 5,33 bilhões) de janeiro a junho do ano passado, só chegou a US$ 1,6 bilhão (R$ 3,55 bilhões) neste ano, o que significa queda de 31%, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

A maior queda foi registrada em Araraquara, que em 2013 era a maior exportadora da região. De acordo com especialistas, dois fatores contribuíram para isso: logística e queda no consumo.

A cidade era centro de escoamento de produção de soja, mas uma mudança no trajeto da commodity fez Araraquara recuar no ranking e perder o posto de líder da região para Matão, que exportou US$ 32 milhões a mais (veja quadro nesta página).

"O Estado do Pará também começou a escoar soja triturada do Centro-Oeste", disse o economista do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara), Jaime Vasconcellos. A queda de embarques de soja para a China, principal comprador do Centro-Oeste, chegou a 99%.

Ainda segundo Vasconcellos, o município perde com repasses de ISS (Imposto Sobre Produto) e ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias). A prefeitura ainda não disponibilizou dados de arrecadação no mês de junho.

Gerente regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Araraquara, Charles Bonani afirmou que a China, apesar de continuar crescendo, não apresenta desenvolvimento igual ao de anos anteriores.

"Araraquara é intermodal, ou seja, o produto sai do Centro-Oeste, passa por ela e vai para o porto de Santos. A China teve retração no ano, o que representou queda no mercado consumidor."

Araraquara teve ainda queda na exportação de suco de laranja. A versão do produto não congelado caiu 22%. Para laranjas frescas ou secas, a redução foi de 16%.

Bebedouro também teve queda de exportações motivada pela laranja. No geral, o valor de exportações do município caiu de US$ 105 milhões para US$ 55 milhões, o que representa 48% menos.

CAMPO

Outra localidade com queda nos embarques foi Batatais --redução de 41%. O município passou de US$ 23,8 milhões para US$ 14 milhões. A indústria agrícola foi o setor mais afetado na cidade.

Partes de máquinas e aparelhos de colheita tiveram registros de exportações 73,2% menores do que no primeiro semestre do ano passado.

"As empresas sofrem com a concorrência, principalmente da China. A crise é mundial", disse José Arantes Junior, diretor do Núcleo de Exportações de Batatais.


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