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Ribeirão

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Alta da tarifa de ônibus gera novo impasse em Ribeirão

Consórcio quer que o valor suba 13,21%, passando de R$ 2,80 para R$ 3,17

Ministério Público afirma que entrará com ação na Justiça contra a prefeitura se o reajuste for concedido ao grupo

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

O reajuste da tarifa do transporte público em Ribeirão Preto gerou um novo impasse entre a prefeitura, o consórcio Pró-Urbano e o Ministério Público Estadual.

O consórcio reivindica reajuste de 13,21% na tarifa, que passaria a custar R$ 3,17, ante os atuais R$ 2,80.

Pressiona ainda a prefeitura para que o processo seja agilizado, uma vez que, pelo contrato, o reajuste deve ser feito no mês de julho, que acaba nesta quinta-feira (31).

O promotor Carlos Cezar Barbosa, que já instaurou inquérito civil para apurar a alta da passagem, disse que entrará com ação na Justiça para suspender o reajuste, se for autorizado pela prefeitura.

A prefeitura também enfrenta a pressão popular contra o aumento. O MPL (Movimento Passe Livre) alega que irá fazer protestos pelas ruas de Ribeirão assim que o aumento for anunciado.

Em nota, a prefeitura informou apenas que ainda não concluiu o estudo de avaliação econômico-financeira do contrato com o consórcio para poder definir o índice necessário de reajuste.

Em abril, o Pró-Urbano e a Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto) firmaram um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) devido a investimentos que deixaram de ser feitos pelo consórcio.

"Eles não podem exigir que a prefeitura decrete o reajuste. Quem está inadimplente é o consórcio, que não fez os investimentos que se comprometeu a fazer", afirmou o promotor à Folha.

O presidente do consórcio, Carlos Cherulli, disse que 85% dos investimentos previstos foram realizados --sem apontar quais são-- e que o restante será feito nos próximos anos da concessão.

Também não apresentou à Folha a planilha com os custos das empresas do consórcio que justifique o aumento da passagem para R$ 3,17.

"É uma conta matemática, não somos nós que estamos pedindo. É a conta que indica o reajuste necessário", disse. "Ser prefeito é igual a ser diretor de uma empresa, nem tudo é festa. Tem atitudes que precisam ser tomadas."

De acordo com o consórcio, o contrato previa o transporte mensal de 290 mil passageiros a mais do que o total atingido, o que tem rendido às empresas R$ 820 mil a menos do que o esperado.

"Se não fizeram os investimentos previstos e o número de passageiros caiu, o problema é deles", disse Barbosa.

A Prefeitura de Ribeirão Preto informou que não cabe ao consórcio exigir o reajuste e que ele será definido depois de a Transerp concluir estudo sobre o assunto.


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