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Ribeirão

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Consumo de água cresce 8% em Ribeirão

Aumento causado pela seca foi verificado no primeiro semestre deste ano, com crescimento gradual entre meses

Situação preocupa o Daerp, que busca, por meio de campanhas, conscientizar para o uso racional da água

IGOR SAVENHAGO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

O consumo de água em Ribeirão Preto cresceu 8% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com o diretor-técnico do Daerp (departamento de água e esgoto de Ribeirão), Ivo Colichio Júnior, o aumento pode ser atribuído à seca, que faz as pessoas consumirem mais água.

A situação preocupa a autarquia da Prefeitura de Ribeirão Preto, que tem buscado fazer um trabalho educativo para conscientizar sobre a necessidade de redução.

Segundo o Daerp, residências, comércios e indústrias da cidade foram responsáveis por consumir 28,7 milhões de metros cúbicos fornecidos, ou 28,7 bilhões de litros, de janeiro a junho.

No ano passado, no mesmo período, foram consumidos pouco mais de 26,7 bilhões de litros.

Em todos os meses de 2014, o departamento registrou aumento. O maior foi apurado em maio, quando o consumo subiu 12,2% em relação ao mesmo mês de 2013. Já o menor índice foi o de fevereiro, que teve incremento de 5,9%.

Ainda segundo o Daerp, a média de consumo tem ficado próxima de 256 litros por habitante, por dia. O índice é seis vezes maior que o recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que é de 40 litros.

Para o arquiteto do Daerp, Leonardo Cavalcante, o fato de Ribeirão ser uma cidade com alto índice de desenvolvimento humano e poder aquisitivo também explica o maior uso da água.

"As pessoas que têm mais condições querem uma higiene melhor, por exemplo, e isso significa mais consumo".

Outro motivo apontado por Cavalcante foram melhorias na rede, o que, segundo ele, tem reduzido, aos poucos, os locais com falta d'água.

PERDAS

As obras realizadas e compra de novos equipamentos, que somam R$ 107 milhões --R$ 68 milhões de recursos próprios e mais R$ 39 milhões oriundos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal--, visam, principalmente, reduzir as perdas, que representam cerca de 25% do total de água produzido em Ribeirão Preto.

Segundo Colichio Júnior, parte dessas perdas é resultados dos vazamentos existentes na cidade e outra parte é devido a falhas na medição dos hidrômetros.

Por isso, segundo ele, o departamento está providenciando a compra de cerca de 40 mil novos equipamentos para fazer trocas gradativas nas residências.

Uma parceria também deve ser firmada com uma fundação para monitorar o nível e a qualidade de água do aquífero Guarani, que abastece 100% da cidade. Estudos preliminares apontam que em algumas regiões, como o centro, há um rebaixamento de 70 metros no aquífero.


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