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Lixo se acumula em bairros de Barretos

Salários não pagos e corte de horas extras levaram os coletores a suspender os serviços desde a sexta-feira (8)

Prefeitura deu prazo de 24 horas para empresa terceirizada regularizar o serviço na cidade, que sedia a festa de peão

GABRIELA YAMADA ENVIADA ESPECIAL A BARRETOS

Sacos de lixo amarrados a postes e árvores ou formando montanhas em calçadas, canteiros centrais e até rotatórias de avenidas.

Esse é o cenário em Barretos, às vésperas da Festa do Peão de Boiadeiro --principal evento sertanejo do país--, após a paralisação desde a sexta-feira (8) dos coletores de lixo da cidade.

O motivo, de acordo com os trabalhadores, foi o não pagamento dos salários na última quinta-feira (7). Eles são contratados pela Alfalix Ambiental, empresa terceirizada pela prefeitura.

Os coletores também reclamam do corte no pagamento das horas extras e da criação de um banco de horas para reverter em folgas.

Para contornar o problema, a prefeitura deu um prazo de 24 horas para que a situação seja normalizada.

A Folha esteve em Barretos nesta segunda (11) e percorreu diferentes bairros. Por dia, são recolhidas cerca de 30 toneladas de lixo, conforme a prefeitura. O serviço só não é feito aos domingos.

Em áreas onde a situação ficou mais crítica, como o bairro Christiano de Carvalho, na periferia, moradores relataram que a coleta não é realizada há uma semana.

"Apareceu muitas larvas e mosquitos. Eu fiquei com medo de a minha casa ser invadida por ratos", disse a atendente de padaria Denise de Paula Arcanjo, 37.

Além disso, segundo ela, sacos de lixo foram rasgados por cachorros e a sujeira se espalhou pelas ruas do bairro, agravando a situação.

ECOPONTO

Para evitar o acúmulo de lixos na porta das casas, moradores recorreram ao ecoponto da avenida Colina.

O espaço foi criado para receber apenas entulho da construção civil e poda. A alternativa, então, foi jogar os sacos na entrada da unidade, formando uma grande montanha de sujeira.

Em frente da escola estadual Fábio Junqueira Franco, o lixo acumulado revoltou pais de estudantes.

"Os alunos não merecem passar por este tipo de situação", disse a operadora de caixa Juliana Mariano, 32.

Na avenida Nove de Julho, no bairro Sumaré, as pessoas tiveram de andar na rua para desviar dos sacos acumulados nas calçadas.

"Isso aqui está um caos. Vou ter de guardar o lixo no estacionamento até que a situação volte ao normal", afirmou Marcelo Souza, 41, gerente de um supermercado.

"É uma vergonha o que está acontecendo nesta cidade. Imagina se fosse na época da Festa do Peão?", disse José Carlos de Oliveira, 58.

A Festa do Peão de Boiadeiro deve reunir cerca de 900 mil pessoas em 11 dias a partir do próximo dia 21.


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