Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ribeirão

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Dobra nº de reclamações contra a saúde em Ribeirão

Quase metade das queixas se refere à regulação de urgência e emergência

Prefeitura afirma que aumento de denúncias é decorrente da maior divulgação do serviço feito pela Ouvidoria

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

O total de reclamações de usuários da saúde, alvo de investigações no Ministério Público Estadual e na Polícia Civil de Ribeirão Preto, cresceu 115,7% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2013.

Os dados são da Ouvidoria do SUS (Sistema Único de Saúde), que recebe as queixas pessoalmente, por telefone, e-mail ou formulário.

No ano passado, foram 610 reclamações, ante as 1.316 de janeiro a junho deste ano.

O maior número de queixas se refere ao serviço do complexo regulador, responsável pela organização do fluxo de pacientes de urgência e emergência: passou de 85 para 662 casos.

Outros 529 usuários reclamaram do atendimento. Desses, 42% disseram que foram mal atendidos. Outros 35% afirmaram que não houve atendimento quando buscaram as unidades de saúde.

Na UBDS (Unidade Básica Distrital de Saúde) do Quintino Facci 2, principal alvo de reclamações, usuários afirmam que há demora no atendimento. "Para a triagem, esperei duas horas", disse a porteira Ângela Costa, 46.

O moldador Elton Silva, 29, disse que, após a triagem, é comum esperar por, no mínimo, seis horas para ser atendido por um médico.

Quanto aos profissionais, as maiores queixas são contra médicos: foram 93, ante as 88 do ano passado.

Para Wagner Rodrigues, presidente do Sindicato dos Servidores, a falta de estrutura das unidades prejudica o trabalho dos profissionais.

O advogado José Ricardo Guimarães Filho, presidente do Conselho Municipal da Saúde, afirmou que a crise na saúde pode ser confirmada pelas quatro denúncias de supostas negligências médicas que resultaram em mortes desde o início do ano.

A própria secretaria abriu sindicância para apuração.

Entre os casos está o da estudante Gabriela Zafra, 16, que morreu em maio depois de procurar atendimento em três unidades de saúde.

OUTRO LADO

Para a Secretaria da Saúde, o aumento das denúncias é decorrente da divulgação do serviço da Ouvidoria, criado em 2012.

Segundo a pasta informou por meio de nota, a tendência é de crescimento nos próximos semestres, "até que atinja estabilidade".

A pasta afirmou ainda que a ouvidoria recebe mais reclamações contra médicos porque eles ficam expostos nos serviços de saúde.

Já sobre melhorias na UBDS do bairro Quintino Facci 2, o governo disse que a intenção é transformá-la em UPA (Unidade de Pronto-Atendimento).


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página