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Ribeirão

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Sem chuvas, queimadas crescem 20%

Com precipitação em apenas 16 dias, Ribeirão registrou 560 incêndios entre janeiro e julho, segundo os bombeiros

Atendimentos médicos em decorrência de problemas respiratórios aumentam até 40%, segundo especialista

ISABELA PALHARES THOMAZ FERNANDES DE RIBEIRÃO PRETO

Com o menor índice de chuvas em 12 anos, Ribeirão registrou aumentou de 20% no número de queimadas nos primeiros sete meses de 2014.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, de janeiro a julho foram 560 registros de ocorrência desse tipo, enquanto no mesmo período do ano passado foram 468.

Segundo o Ciiagro (Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas), órgão da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, foram registrados 16 dias de chuva neste ano. Em 2013, foram 23 no mesmo período.

O volume de chuva nesse período representa pouco mais de um terço do total do ano passado, 903,4 milímetros. O volume é o mais baixo desde 2002, quando o Ciiagro passou a contabilizar o índice no município.

Além dos incêndios atendidos pelos bombeiros em Ribeirão, o número de focos de fogo na região, registrados por satélites, foi 2,5 vezes maior neste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), as 93 cidades da região registraram 465 incêndios nos primeiros sete meses do ano.

O satélite registra somente grandes focos, com cerca de 30 metros de extensão por um de largura, diferentemente dos dados dos bombeiros.

Fabiano Morelli, analista de queimadas do Inpe, disse que, além de a estiagem colaborar para o registro de incêndios acidentais, o uso do fogo para a limpeza de terrenos baldios também colabora para a alta de ocorrências.

"A falta de água é crítica para a vegetação, mas o uso de fogo como ferramenta de limpeza de terrenos é comum. Em época como esta, os incêndios podem sair do controle", disse Morelli.

O Inpe e o Corpo de Bombeiros consideram agosto o mês mais crítico para a ocorrência de queimadas. Até o dia 10, os bombeiros registraram 37 incêndios.

SAÚDE

Segundo o pneumologista Pedro Pompeu, os atendimentos médicos por complicações respiratórias aumentam de 30% a 40% durante os períodos de estiagem.

Segundo ele, a baixa umidade do ar --que na segunda-feira (11) chegou a 14,3%, mesmo índice registrado no deserto do Saara-- reduz o líquido protetivo dos brônquios e favorece a ocorrência de doenças como pneumonia, rinite, asma e sinusite.

De acordo com Pompeu, as queimadas colaboram ainda mais para a má qualidade do ar e a ocorrência de reações alérgicas.

A principal recomendação é que as pessoas mantenham as narinas hidratadas, usem umidificadores e consumam líquidos.

Idosos e crianças de até cinco anos são mais suscetíveis a essas doenças.


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