Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ribeirão

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Sem médicos e com inaugurações atrasadas, UPAs são investigadas

Unidades na região ainda estão sem equipamentos necessários para atender os pacientes

Três dos postos deveriam ser entregues no mês de setembro, mas não há previsão para o funcionamento

GABRIELA YAMADA ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

A falta de funcionamento de UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) em cidades da região de Ribeirão Preto se tornou alvo de investigações da Promotoria.

Os problemas acontecem por motivos que vão desde a falta de médicos à não inauguração de unidades, contrariando a previsão dada por administrações municipais.

Em Barretos, o MPF (Ministério Público Federal) instaurou inquérito civil para apurar os motivos do não funcionamento da UPA, que ficou pronta em 2012 e ainda não foi inaugurada.

Em dezembro do ano passado o governo foi autorizado pelo Ministério da Saúde a receber uma verba no valor de R$ 756 mil para a compra dos equipamentos.

Além de questionar se a prefeitura recebeu a verba, o MPF também apura os motivos da falta de funcionamento da unidade e a regularidade de sua construção.

Já em Araraquara, a Promotoria acompanha o atendimento parcial feito na unidade da Vila Xavier.

Desde o último dia 8, os atendimentos são redirecionados à UPA Central por falta de médicos. Um aviso foi fixado na entrada. A cidade, de 200 mil habitantes, conta com as duas unidades para atender os casos de urgência e emergência.

A promotora Renata Giantomasse Gomes, da Saúde Pública, informou que aguarda um dossiê a ser entregue pelo Sismar (Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região).

"Precisamos de equipes multiprofissionais e de médicos. A população está revoltada", disse Izaías Ambrósio da Silva, membro do Conselho Municipal da Saúde.

No último dia 16, a superlotação da UPA Central fez com que pacientes invadissem áreas restritas da unidade e houve a ameaça de agressão contra os profissionais.

Segundo Silva, o conselho deverá se reunir em reunião extraordinária nesta quarta-feira (20) para definir quais medidas serão adotadas.

Após a inauguração das duas UPAs, o governo do prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) fechou outras duas unidades de emergência, além de outras duas salas de estabilização, nos bairros Selmi Dei e Vale do Sol, que faziam os atendimentos.

A construção da UPA de Bebedouro também é investigada pelo Ministério Público Estadual. A Polícia Civil já indiciou três pessoas por fraude nos pagamentos à construtora responsável. A prefeitura teria pago por 76,6% da obra, mas apenas 40,3% foram entregues.

A prefeitura tenta prorrogar a entrega, que seria em setembro, para não ter que devolver verba à União.

Outras UPAs estão prontas, em São Carlos e Franca, mas ainda não são usadas. Nos dois casos, não há investigação em andamento.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página