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Ribeirão

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Fogo atinge, de novo, reserva de Ribeirão

Parte da Mata de Santa Tereza é destruída por mais um incêndio; área sofre queimadas desde a noite de domingo

Combate ao fogo envolveu 15 caminhões-pipa, 55 bombeiros, dois aviões agrícolas e um helicóptero da PM

THOMAZ FERNANDES DE RIBEIRÃO PRETO

Horas depois de o Corpo de Bombeiros considerar o fogo na Mata de Santa Tereza, em Ribeirão Preto, controlado, os fortes ventos no local espalharam as chamas, de novo, na tarde desta terça (2).

A principal área verde da cidade é atingida por incêndios desde a noite de domingo (31). Apesar da tentativa de apagar as chamas, o comandante dos Bombeiros disse que a chegada de uma chuva será fundamental para evitar que a situação piore.

O fogo já afetou mais de um terço da mata, cuja área é de 154 hectares. A informação é do comandante do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Cássio Augusto Amaral.

Áreas vizinhas também foram queimadas, mas os focos foram controlados.

A Mata de Santa Tereza tem área equivalente a 200 campos de futebol e abriga mais de cem espécies de árvores. Segundo especialistas, é o maior fragmento de mata atlântica do município.

Quinze caminhões-pipa, 55 bombeiros, dois aviões e o helicóptero Águia da Polícia Militar passaram a tarde desta terça-feira tentando acabar com os focos de incêndio.

Máquinas da prefeitura também abriram caminhos na mata para que as chamas não se espalhassem pelas copas das árvores.

Segundo o tenente-coronel Amaral, pela manhã havia pontos com fumaça, mas o fogo já não se espalhava.

"Estávamos monitorando pontos secundários e apagando o que víamos. O problema é que o vento mudou de direção e espalhou a brasa."

Amaral disse que nesta terça havia cinco frentes na mata e que o trabalho seguirá até esta quarta-feira (3). "Esperamos chuva durante a noite, que poderá nos ajudar."

De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), há previsão de chuva para esta quarta-feira.

A origem do incêndio ainda é desconhecida, mas há suspeita de que velas usadas em rituais religiosos tenham começado o fogo.

IMPACTO

Segundo administradores da mata, ainda não é possível avaliar o tamanho do dano. O levantamento só será feito depois que o incêndio acabar completamente.

O gerente do Instituto Florestal, órgão estadual que cuida da Mata de Santa Tereza, Edson Montilha, disse que será necessário um trabalho de georreferenciamento.

"Passados dois dias do fim do incêndio, poderemos ir para a mata para avaliar as espécies mais afetadas e a área total devastada."

ANIMAIS

"Vejo macaco, tucano, lebre, capivara e há dois dias todos sumiram. O fogo também não para de aparecer", afirmou a empresária Vera Leonal, cujos pais moram nas imediações.

Amaral disse não ter visto animais mortos. "Vimos lagartos e macacos vivos."


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