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Ribeirão

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Nº de mortes em rodovias tem alta de 29%

Registros de acidentes e de feridos também subiram neste ano nas estradas das regiões de Ribeirão e Araraquara

Comandante da polícia diz que há fiscalização, mas que falta maior rigor nas punições impostas a motoristas

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

O número de mortes nas rodovias da região de Ribeirão apresentou alta de 29% nos oito primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

Foram registradas 243 mortes, ante as 188 de janeiro a agosto de 2013. A polícia credita o crescimento ao excesso de velocidade dos veículos nas rodovias e às ultrapassagens proibidas.

Também ocorreram mais acidentes neste ano, segundo a Polícia Militar Rodoviária. Foram 4.825 de janeiro a agosto de 2013 e 5.292 no mesmo período deste ano, ou 10% a mais.

Os dados abrangem 3.438 quilômetros de rodovias em 105 municípios, sendo 1.776 quilômetros da base de Araraquara (61 cidades) e 1.662, de Ribeirão (44 localidades).

Segundo o comandante da companhia de Ribeirão, capitão Luiz Eduardo Ulian Junqueira, a polícia tem atuado para coibir os excessos.

Junqueira afirmou que de janeiro a agosto deste ano foram registradas pelos radares 86 mil imagens de veículos em alta velocidade, ante 85 mil no mesmo período do ano passado, que foram convertidas em multas.

"Mesmo com a autuação o motorista volta a correr. Falta educação e respeito pelo próximo. A polícia fiscaliza, mas é importante respeitar as leis de trânsito", disse.

O capitão afirmou que uma das principais causas de lesões graves e mortes é a falta do uso do cinto de segurança no banco de trás dos carros.

Ele ainda citou que 7.200 motoristas foram multados por fazerem ultrapassagens proibidas nas rodovias da região neste ano. "São pessoas que poderiam ter causado um grave acidente. É um comportamento de risco", disse.

FISCALIZAÇÃO

Para o especialista em trânsito e docente do curso de engenharia civil da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) Archimedes Azevedo Raia Junior, no entanto, faltam mais fiscalização e campanhas educativas.

Ele citou como exemplo a falta de divulgação da Década de Ação pelo Trânsito Seguro, uma iniciativa lançada em 2011 pela ONU que pretende reduzir em 50% as mortes de trânsito no mundo até 2020, mas que poucas pessoas sabem o que é.

Já Junqueira afirmou que falta mais rigor nas punições e que ocorrências envolvendo motoristas embriagados deveriam fazer com que as pessoas flagradas ficassem presas, sem direito ao pagamento de fiança.

"Recentemente, um motorista embriagado provocou a morte de três pessoas numa rodovia da região de Ribeirão Preto. Ele foi preso, pagou fiança e saiu. A punição deveria ser mais rigorosa, para desestimular esse tipo de comportamento", afirmou.


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