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Promotoria apura crise da água de Tambaú

Município raciona água desde abril; Ministério Público quer saber as causas e cobrar soluções para o problema

Prefeitura admite que faltou investimento ao longo dos anos e diz que está tomando medidas para resolver problema

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

As causas da crise hídrica vivida pela cidade de Tambaú --onde bairros ficam 15 horas com água e 48 horas sem-- passaram a ser investigadas pelo Ministério Público.

A cidade raciona água há mais de 130 dias e já chegou, por mais de uma vez, a ficar completamente desabastecida por dias seguidos.

Em agosto, foi decretado estado de calamidade pública depois que a represa que abastece o município quase secou.

A administração confirma que faltou investimento ao longo dos anos e informou que está trabalhando, em parceria com o governo do Estado, para resolver a situação.

Para aliviar o problema do reservatório, a cidade começou em maio a buscar água de quatro represas privadas.

Embora a prefeitura disponibilize caminhões-pipa, ao longo do período moradores tiveram aumento nos gastos --com compra de galões e viagens a cidades próximas em busca de água--, e reclamam da situação.

A Promotoria informou que houve casos de diarreia na cidade por causa do desabastecimento prolongado.

A prefeitura, por meio da assessoria, confirmou que houve casos isolados, mas que ele foram causados pelo uso de água não tratada e não pela fornecida pela prefeitura em caminhões-pipa.

Para Paulo Finotti, vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo, a causa desta crise é falta de planejamento.

"Isso é geral em todo o Estado, faltou prever que isso poderia acontecer", disse.

Para a promotora que conduz a investigação, Cláudia Maria Lico Habib, faltou investimento no setor. "Nunca foi dado o devido valor para a água, imaginando que uma situação dessas pudesse ocorrer", afirmou.

Ela apura também se o alto nível de perda de água por vazamentos no sistema de abastecimento contribuiu para agravar a situação. Segundo a promotora, o nível de perda é superior a 50%.

Além de investigar as causas, o Ministério Público também cobra soluções para o problema. O órgão deu um prazo de 15 dias para que o município, com auxílio da Sabesp, passe a captar água de fonte superficial na cidade.

Segundo Finotti, o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) concedeu uma outorga de emergência para que isto seja feito e está sendo construída uma adutora para a captação.

Tradicionalmente, a represa da cidade é abastecida por um conjunto de nascentes.

A Sabesp informou que a Defesa Civil está repassando recursos para obra emergencial por meio de convênio e que coube à agência oferecer suporte técnico e empréstimo de tubulação, que será ressarcido pela prefeitura.

Segundo a Prefeitura de Tambaú, o consumo de água é de 15 milhões de litros/dia.


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