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Ribeirão

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Daerp reduz pressão para tentar evitar falta de água

Autarquia defende que, assim, consegue reduzir o consumo da população

Medida também evita vazamentos, já que pressão pode estourar a tubulação e causar desabastecimento local

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

O Daerp (Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto) reduziu a pressão da água lançada na rede para evitar o desabastecimento e "forçar" a população a diminuir o consumo, principalmente, nesta época de seca.

A medida é feita principalmente aos finais de semana, quando o consumo é maior, segundo Ivo Colichio, diretor-técnico da autarquia. "Isso evita que o morador acostumado a lavar a calçada faça isso, por exemplo", disse.

Ele negou que a medida seja um tipo de racionamento. Apesar disso, o consumo de água cresceu 8% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado --para 28,7 bilhões de litros no intervalo.

Com a pressão reduzida, há água na torneira, mas com menor volume. "O suficiente para o consumo humano", disse Colichio.

A redução da pressão é considerada uma das medidas de "táticas de guerra" pelo diretor técnico do Daerp.

Moradores de diferentes bairros dizem que perceberam a redução da pressão. A cabeleireira Sandra Morelato, 49, mora no Jardim Irajá e é um dos exemplos.

Segundo ela, entre meia-noite e 5h a pressão da água na torneira é forte. No entanto, logo que amanhece, volta a ser reduzida.

Já no Jardim Paiva, a auxiliar Adriana Monteiro, 27, disse que se tornou comum sair "um fio d'água" de torneiras.

O vice-presidente do CBH-Pardo (Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo), Paulo Finotti, afirmou que a medida ideal para o Daerp seria construir reservatórios. Assim, a pressão da água seria constante na rede.

Antônio Giansante, professor de Infraestrutura Urbana da Universidade Mackenzie, afirmou que qualquer medida para reduzir o consumo é importante, mas que ações assim demonstram falta de planejamento.

"A medida [reduzir a pressão] não dá resultado de imediato. A estiagem recorde serve de alerta para que os serviços de água se preocupem com a gestão", alertou o especialista.

VAZAMENTOS

A medida também auxilia a minimizar as perdas por vazamentos na rede de distribuição, um dos principais problemas do Daerp, que é de cerca de 40%.

Colichio afirmou, no entanto, que manter a pressão ideal em toda a extensão da rede de distribuição, que tem 57 quilômetros, "é difícil".

"O que estamos fazendo hoje a população vai sentir o resultado daqui a algum tempo. Não é imediato", afirmou.


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