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Ribeirão

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Seca recorde prejudica de esporte de elite a pet shop

Estiagem ainda derruba arrecadação de cidades e ganhos de funcionários

Chuva só deve chegar à região entre segunda (15) e terça-feira (16), com previsão de 20 milímetros, diz Inmet

DE RIBEIRÃO PRETO

Redução de cães atendidos em pet shops, corte do banho em academias, quedas das horas extras em fábricas e da arrecadação municipal, e turismo ecológico em baixa.

Esses são alguns dos prejuízos da seca recorde que atinge o interior de São Paulo e cidades mineiras neste ano e que gerou, ainda, transtornos a moradores e empresários, e danificou a grama de campos de golfe.

Bebedouro foi uma das cidades obrigada a mudar os hábitos. Sem água das 13h às 17h devido o racionamento diário, o pet Bicho Mania reduziu a clientela: de cinco cães para dois por dia.

Em outro local, o Pet Charme, a proprietária Janaina Mazuco Oliveira, 31, teve de reorganizar o cronograma, comprar mais caixas e reservar água em tonéis.

Academias de ginástica também adotaram restrições. Na Ativa, em Bebedouro, os banhos dos alunos foram cortados para economizar água.

Em Morro Agudo, com racionamento desde o dia 8, os alunos ficam sem água para beber na Fórmula Fitness.

"Às vezes ficamos a manhã inteira sem água e, por isso, pedimos para os alunos trazerem garrafinha", disse o dono João Gustavo Leme.

Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), esta é uma das piores secas da história na região de Ribeirão. A estiagem deixou lagoas e rios quase secos e causou a mortandade de peixes e afetou a geração de energia.

A indústria é outro setor que sente os efeitos da seca histórica de 2014. A usina de bebidas Missiato, de Santa Rita do Passa Quatro, precisou remanejar seus turnos de serviço porque o nível do poço baixou para três metros.

Segundo o químico responsável, João Anilso Cusinato, para não abusar da água, a fábrica distribuiu ao longo da semana os trabalhos que precisam mais do recurso.

O presidente do sindicato dos trabalhadores da indústria de alimentos da cidade, Raimundo de Oliveira, disse que a estiagem reduziu em 25% as horas extras.

A cidade iniciou racionamento no dia 2 de julho.

Em Delfinópolis (MG), segundo o prefeito Pedro Paulo (PMDB), a arrecadação do município caiu R$ 1 milhão de abril a setembro por causa dos efeitos da seca no turismo e na agricultura.

No rio Mogi-Guaçu, em Santa Rita, esportistas não conseguem mais remar em muitos trechos.

Durante o fim de semana, cerca de 30 esportistas costumavam usar caiaques no rio. Hoje, o número é quase zero, segundo o responsável por esportes radicais na Secretaria de Turismo, Fabiano Samogin.


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