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Ribeirão

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Comerciantes desaprovam fim do estacionamento na avenida do Café

Temendo queda no faturamento, grupo montou um abaixo-assinado para impedir mudança

Projeto da prefeitura prevê a criação de um corredor exclusivo de ônibus; na cidade, 265 vagas foram eliminadas

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

Comerciantes e empresários da avenida do Café, em Ribeirão, estão colhendo assinaturas para um abaixo-assinado para pedir à prefeitura que não elimine as vagas de estacionamento na via.

O governo da prefeita Dárcy Vera (PSD) pretende transformar a terceira faixa da avenida, hoje usada como estacionamento, em um corredor exclusivo de ônibus. Não há data para iniciar a mudança.

De acordo com os comerciantes, a queda no volume de negócios pode chegar a até 50%. A estimativa é que atualmente haja ao menos 400 vagas na avenida.

Desde 2011, a prefeitura já eliminou 265 vagas de estacionamento nas avenidas Francisco Junqueira, Independência e Meira Júnior.

"Aqui [avenida do Café] há apenas três linhas de ônibus. Cada um passa num intervalo de 40 minutos", disse Tania Muraca, 50, uma das articuladoras do grupo, que tem cerca de cem comerciantes e empresários.

Dona de um restaurante japonês, ela tem comércio na avenida há 20 anos.

O abaixo-assinado foi espalhado em 40 estabelecimentos comerciais da avenida desde o mês passado.

No total, cerca de 2.000 assinaturas já foram coletadas. Há cerca de um mês, o grupo tentou marcar uma reunião com a prefeita, mas ainda não obteve resposta.

CRÍTICAS

"Nós temos o direito de conhecer o projeto antes de ser implantado", disse Adolfo Barrado, 42, proprietário de uma loja de tintas e estabelecido na avenida há 24 anos.

Cláudio Spanghero, 63, dono de uma salgaderia, afirmou que as ruas próximas são estreitas, o que prejudicaria o estacionamento.

Além disso, os quarteirões são longos --o que, em sua opinião, desestimularia o consumidor a procurar por vaga no entorno.

"Tenho 18 funcionários. Já me preparo para fazer demissões ou sair daqui", disse.

A Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto) foi informada pela Transerp (empresa de trânsito e transporte de Ribeirão) sobre a realização de estudos para implantação da faixa exclusiva de ônibus.

De acordo com o presidente Antonio Calos Maçonetto, é preciso que a medida seja discutida "exaustivamente" antes de ser implantada.

Archimedes Azevedo Raia Júnior, especialista em trânsito e professor da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), disse que a medida é necessária.

No entanto, afirmou que que a prefeitura deveria incentivar outras alternativas, como estacionamentos privados, na avenida do Café.


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