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Ribeirão

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Crise da água

Incêndios florestais crescem na região

Aumento de focos entre 2013 e 2014 superam percentual médio de São Paulo, de acordo com operação Corta Fogo

Estiagem prolongada favorece a formação de redemoinhos em propriedades rurais da região de Ribeirão

THOMAZ FERNANDES DE RIBEIRÃO PRETO

O aumento de incêndios florestais nas regiões administrativas de Ribeirão, Franca, Barretos e São Carlos neste ano foi percentualmente superior à média do Estado.

Segundo balanço da operação Corta Fogo, do governo do Estado, a média de expansão de focos nos municípios da região variou entre 158% e 588% na comparação de janeiro a 1º de setembro de 2013 e 2014. O percentual no Estado foi de 131%.

Franca teve o maior crescimento, passando de 50 focos no ano passado para 344 neste ano.

Já Ribeirão Preto teve os números mais baixos em relação às regiões vizinhas: saltou de 104 para 268 entre 2013 e 2014, também entre os meses de janeiro e setembro.

As quatro regiões administrativas estão entre as cinco do Estado com maior crescimento no número de focos de incêndio. São José dos Campos, com aumento de 206%, é a única com números comparáveis à região.

Os dados da operação Corta Fogo são feitos com base em informações do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que identifica focos de incêndio via satélite.

O tempo seco é, de acordo com o coordenador de fiscalização da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Ricardo Viegas, a principal causa do crescimento.

"A última vez que essa situação climática ocorreu foi há praticamente um século."

A operação Corta Fogo é coordenada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente, mas tem a participação de diversos órgãos e instituições públicas e privadas.

Viegas disse que o trabalho de combate aos incêndios é feito por meio de parcerias com 149 empresas com brigadas de incêndio, além de defesas civis, Corpo de Bombeiros, concessionárias de rodovias e Polícia Ambiental.

"Todo o trabalho tem sido feito em parceria, pois só o Corpo de Bombeiros não consegue combater todas essas queimadas", afirmou.

Viegas disse que a expectativa é que em outubro, com a eventual volta das chuvas, o número de incêndios caia.

FENÔMENO CLIMÁTICO

Um redemoinho se formou nesta quinta-feira (18) em uma propriedade rural entre Barrinha e Sertãozinho, às margens da rodovia Carlos Tonani (SP-333).

Segundo o pesquisador Orivaldo Brunini, climatologista da Secretaria de Estado da Agricultura, o fenômeno é comum em períodos de grande seca e calor.

"Há um aquecimento diferencial. Com o tempo seco, a superfície tem temperaturas que variam e o vento toma direções diferentes em função disso", afirmou.

Ainda de acordo com ele, com o tempo úmido o ar iria evaporar, situação que não ocorre neste período de estiagem no interior do Estado. "Isso impede que ele se aqueça tanto em contato com o solo e forme redemoinhos."


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