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Por mais vagas, HC passa a usar leitos de Santas Casas da região
Com obras atrasadas, hospitais estadual de Serrana e da Criança poderiam auxiliar
O HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão está usando leitos das Santas Casas de Altinópolis, Guariba e São Simão para abrir vagas a pacientes em estado grave.
De acordo com a assessoria do hospital, para as Santas Casas estão indo pacientes que dependem de tratamento permanente, mas que não requer alta complexidade, como os casos de emergência recebidos no HC. Ao todo, são usados 36 leitos.
O superintendente do HC, Marcos Felipe de Sá, afirmou que há sobrecarga no atendimento do hospital e que as obras do Hospital Estadual de Serrana e do Hospital da Criança, em Ribeirão, irão aliviar o problema.
As obras, porém, estão atrasadas. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, elas só serão entregues no primeiro semestre do próximo ano. Serão, ao todo, 324 leitos, incluindo alas de internação e UTIs (unidades de tratamento intensivo).
O hospital estadual tinha previsão de inauguração em novembro deste ano. Lá, o problema é que as obras avançam somente quando há liberação no terreno, atualmente ocupado pela Santa Casa local. Na unidade, serão 91 leitos. São investidos R$ 20 milhões na construção.
"Eu poderei transferir para Serrana o paciente que está estabilizado e colocar um novo paciente que está em risco de vida no lugar", disse o superintendente do HC.
Já a implantação do Hospital da Criança, em Ribeirão, se arrasta desde 2009. Segundo Felipe de Sá, as crianças ocupam alas no HC que deveriam ser destinadas a adultos. São cerca de 120 leitos. "Hoje temos leitos insuficientes para a pediatria", disse.
O prédio do Hospital da Criança terá seis andares e 233 leitos. Desses, 40 serão UTI neonatal e 40 pediátrica. São investidos R$ 93 milhões.
SOBRECARGA
O Hospital das Clínicas de Ribeirão recebe, em média, 2.500 pessoas por dia e tem como foco os atendimentos especializados. Em 2013, 54.021 crianças foram atendidas. O hospital recebe pacientes de 1.300 cidades do país.
Para o representante do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) de Ribeirão, Eduardo Luis Bin, a demora na entrega das obras compromete a estrutura de saúde.
Apesar dos problemas, o superintendente do HC afirmou que o atendimento está garantido. "Não há prejuízo [aos usuários]. Em nenhum momento [se] deixou de atender nenhum serviço."
