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São Carlos quer reduzir horário do expediente para cortar gastos
Prefeito disse que medida será apenas em áreas administrativas
A Prefeitura de São Carlos planeja reduzir o expediente dos funcionários que trabalham em setores administrativos para economizar de telefone e energia até tinta de impressora.
A medida está em análise e afetará ao menos 2.000 servidores, de um total de 4.200, para conter a crise financeira do município.
Segundo o prefeito Paulo Altomani (PSDB), apesar de trabalhar menos, o salário dos funcionários não será reduzido. O expediente vai passar para o período das 12h às 18h, e não mais das 8h ou 9h até às 18h, como ocorre hoje.
O prefeito afirmou que, apesar de trabalhar a metade do tempo, não haverá prejuízo aos serviços à população, como os de saúde.
"Vamos melhorar a nossa produtividade, em função da crise que deve perdurar até o ano que vem."
A prefeitura quer implantar essa medida apenas em secretarias administrativas, não afetando, portanto, escolas, postos de saúde e os guardas municipais.
Na sexta-feira (19), uma pacote com 11 medidas foi anunciado para reduzir os custos. Nele constam cortes de 50 servidores em comissão e até de eventos esportivos.
Entre os motivos apontados pela prefeitura para justificar a crise financeira estão o pagamento de uma dívida antiga com o governo federal, que gera um custo mensal de R$ 5,5 milhões.
Um pacto feito em 2006 garantia ao município que pagasse R$ 158 mil, mas uma decisão da Justiça no ano passado derrubou esse acordo.
Com o rombo nas contas, a meta da prefeitura é reduzir os gastos em R$ 5,5 milhões por mês. A prefeitura informou que deixou de arrecadar R$ 17 milhões neste ano por causa da crise.
CONSULTA
Segundo o secretário de Governo, Júlio Soldado, que também integra o comitê de crise, a prefeitura quer consultar o sindicato que representa os servidores. "É apenas uma consulta, não acredito que haverá problemas porque não terá redução de salário", afirmou ele.
Para o diretor financeiro do Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos Municipais de São Carlos, Gilberto Rodrigues Antunes, ainda não houve um conversa oficial sobre o assunto, apenas um encontro informal.
"Se não houver prejuízos no holerite e ao trabalho dos funcionários, não vemos problema algum", disse.
