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Protesto contra falta de água acaba em confronto em Itu
Manifestantes jogaram pedras e ovos na Câmara; tropa de choque usou bombas para dispersar a multidão
Uma manifestação contra a falta de água na cidade acabou em quebra-quebra e confronto na tarde desta segunda-feira (22) no centro de Itu (a 102 km de São Paulo).
O protesto foi marcado para as 14h, em frente à Câmara Municipal, onde havia uma sessão agendada no horário e que acabou suspensa.
Parte dos manifestantes invadiu a Câmara. Os 13 vereadores se refugiaram na sala da Presidência da Casa.
Os funcionários concursados deixaram o local antes da invasão, por volta das 17h.
Manifestantes jogaram ovos na fachada da Casa e quebraram praticamente todos os vidros com pedras.
Dois vereadores foram atingidos por ovos, entre eles o presidente da Câmara, Doutor Bastos (PSD). Um segurança foi agredido na invasão.
A tropa de choque foi acionada e houve confronto. PMs usaram bombas de efeito moral para dispersar a multidão. Sete pessoas foram detidas, e um portão, arrancado.
Segundo estimativa da Câmara, cerca de 2.000 pessoas participaram do ato.
Um comitê eleitoral também foi depredado.
No início da noite desta segunda (22), com a situação mais calma, dois carros da Guarda Civil Municipal faziam a segurança da Câmara.
A concessionária de água do município, Águas de Itu, adquirida recentemente pela Águas do Brasil, informou em nota que, além da captação de água de poços e represas particulares, compra e injeta 3 milhões de litros de água por dia no sistema e que ampliou o número de caminhões-pipa.
Disse ainda que está construindo uma nova adutora, cujas obras devem ser concluídas em janeiro de 2015.
A Folha não conseguiu contato com a prefeitura. A cidade tem cerca de 165 mil habitantes, segundo o IBGE.
Há sete meses em racionamento, Itu limitou o abastecimento a dez horas a cada dois dias e também vetou novos empreendimentos imobiliários para impedir o aumento do consumo.