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35 vezes Canudos

Exposição de telas naïf narra um dos mais sangrentos episódios da história brasileira, cujo término completa 117 anos

DE RIBEIRÃO PRETO

Um dos mais sangrentos episódios da história brasileira, a Guerra de Canudos, na Bahia (1896-1897), foi responsável por uma das grandes obras literárias do país --"Os Sertões" (1902), de Euclides da Cunha. Hoje, continua a influenciar artistas pelo país.

Será inaugurada nesta terça-feira (7), em Ribeirão Preto, uma exposição que conta a história da batalha, com obras de arte naïf --estilo simples, "ingênuo".

As 35 obras expostas fazem parte do acervo pessoal do escritor e professor de literatura Alexandre Azevedo.

"Tenho mais de 300 obras em estilo naïf", disse Azevedo. "Eu gosto do estilo por ser mais popular, produzida e difundida em qualquer lugar."

Com "Os Sertões" como seu livro favorito, Azevedo decidiu unir arte e literatura.

Pediu a 20 artistas que retratassem Antonio Conselheiro, responsável por atrair 20 mil sertanejos, camponeses e ex-escravos para o arraial de Canudos.

"Conselheiro é um dos maiores personagens da história do Brasil. Ele atraiu todas essas pessoas, que eram exploradas, e com isso conseguiu a ira dos grandes fazendeiros, que perderam mão de obra", afirmou.

De acordo com o escritor, os olhares dos artistas mostraram várias faces de Antonio Conselheiro.

Azevedo, então, pediu a um artista, Euclides Coimbra, que criasse uma série de telas com a história da batalha de Canudos.

Segundo Azevedo, as telas de Coimbra mostram a destruição do arraial, com a chegada das tropas do Exército.

"Mostram a beleza daquele povoado, que acolhia e tinha espaço e terra para todos, até a cena de um dos episódios mais sangrentos da nossa história, com a morte de 25 mil pessoas", disse.

A guerra, no fim do século 19, envolveu sertanejos pobres, religiosos e tropas do governo baiano, entre outros.

A exposição será inaugurada apenas dois dias após o episódio da batalha completar 117 anos.

"Canudos mostra a determinação de um povo, em busca de seu sonho e uma vida melhor", afirmou. "Todos eles lutaram até a morte".

As telas ficarão expostas em auditório no Theatro Pedro 2º, até o dia 30 de outubro. Todas as sextas-feiras, Azevedo irá ministrar palestras nos períodos da manhã e noite sobre a guerra de Canudos, o livro "Os Sertões" e sobre a arte naïf no Brasil.

CANUDOS VISTA PELA ARTE NAÏF
QUANDO de 7 a 31 de outubro
HORÁRIO de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h
LOCAL auditório Meira Júnior, no Theatro Pedro 2º
PREÇO entrada gratuita


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