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Método não é unanimidade entre especialistas

DA ENVIADA A SANTO ANTÔNIO DO PINHAL

O modelo de escola democrática em que alunos decidem até mesmo o que vão estudar não é consenso entre estudiosos do tema.

"A começar pela autodenominação", questiona José Sérgio Cardoso, livre-docente em filosofia da educação na USP. "No Brasil, são em geral escolas privadas e caras", critica.

"Democrático é um moleque filho de pai analfabeto poder ler Guimarães Rosa. Mais ainda do que votar."

Para Yves de La Taille, professor titular de psicologia da USP, o poder das assembleias "é um pouco falso".

"As crianças decidem [que conteúdo] vem antes e o que vem depois. Mas não vão resolver que, em vez de estudar álgebra, vão estudar a culinária marroquina."

No Instituto Lumiar, as mensalidades custam em média R$ 2.000 a depender do ciclo. Os tutores (não há professores) pedem que as crianças elejam quais temas querem e quais precisam aprender. A partir dessas listas, profissionais que tenham um hobby ou uma paixão, lá chamados de "mestres", desenvolvem projetos, então submetidos aos estudantes. Nesses projetos, são inseridos conteúdos curriculares.

Célia Senna, diretora da escola, conta que uma criança queria "muito aprender muita matemática", mas pediu que sua mãe não soubesse. "Matemática lá não é um tabu para as crianças", diz.

Uma vantagem da escola democrática, para a socióloga Helena Singer, é que o estudante "toma gosto pela aprendizagem". Outro aspecto positivo é um "ambiente de respeito", pelo qual todos se sentem responsáveis.

Singer ajudou a fundar a Lumiar e posteriormente a escola Politeia. Hoje dirige a entidade Cidade Escola Aprendiz, que promove articulação entre escolas, comunidades, empresas e poder público.


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