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Sabesp usa 27 caminhões para buscar água

Medida adotada em Franca é 'último cartucho' para evitar desabastecimento devido à seca prolongada deste ano

Frota capta água em lagos de dois clubes e em uma represa particular para levar a reservatórios locais

CAMILA TURTELLI ENVIADA ESPECIAL A FRANCA

Vinte e sete caminhões-pipa passaram a ser utilizados para evitar o desabastecimento de água em Franca.

A frota capta água de lagos de dois clubes, um particular e outro municipal, além de uma represa particular no bairro Jardim Paineiras. Após ser captada, a água é distribuída para os reservatórios da Sabesp, responsável por operar o sistema na cidade.

Essa é mais uma alternativa de abastecimento da empresa desde que o nível do principal manancial que abastece a cidade ficou crítico e o fornecimento de água foi comprometido.

No dia 17 de setembro, a Sabesp colocou em funcionamento uma barragem emergencial feita com sacos de areia no rio Canoas, para complementar a captação.

Na sequência, passou a captar água por meio de canos de irrigação de uma represa em uma fazenda próxima à estação do rio Canoas.

No entanto a medida não foi suficiente. Segundo o gerente distrital da Sabesp, Rui Engracia, a medida foi tomada depois que a cidade registrou picos de consumo de água e a vazão do principal manancial ficou reduzida.

Em outubro do ano passado, a Sabesp captava em média 1.456 litros por segundo do rio Canoas. Atualmente, a vazão média caiu para 630 l/s.

Já o consumo de água passou de 170 litros por dia por habitante para 194 litros por dia no mesmo período.

Engracia afirmou, porém, que o sistema atual de abastecimento na cidade é suficiente para atender a população e que os problemas são consequências da estiagem.

A Sabesp também está construindo um sistema de captação no rio Sapucaí-Mirim, mas a obra está atrasada (leia texto nesta página).

No fim de setembro, moradores se queixaram de falta de água em várias regiões de Franca. "Fiquei um dia e meio sem água e, desde que o abastecimento voltou, a pressão caiu", disse a dona de casa Keila Barbosa da Silva, 37, moradora do Jardim Paineiras.

Engracia disse que houve problema no abastecimento nesse período e que o fornecimento chegou a ser cortado por até 12 horas.

No entanto, ele afirmou que, desde então, com as medidas que foram tomadas, não há mais falta de água. "Estamos garantindo isso com os caminhões."

A Sabesp também tem pedido aos moradores que colaborem, reduzindo o consumo diário de água.

"Este [caminhões-pipas] é meu último cartucho. Depois disso, se a estiagem persistir, eu só posso dobrar os turnos dos caminhões." Hoje, os veículos trabalham 12 horas por dia e, se preciso, passarão a buscar água 24 horas/dia.

A Sabesp de Franca tem quatro caminhões-pipa em sua frota. Os outros 23 são de outras cidades em que a Sabesp atua, como Pedregulho, Itapetininga e até Botucatu.

Segundo a Defesa Civil do Estado, neste ano em Franca choveu 50% menos que a média --525 milímetros, ante os 1.051 esperados. Não deve chover até domingo.


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