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Dárcy aumenta tarifa de ônibus para R$ 3

Com a aprovação da Promotoria, medida já começa a vigorar neste sábado (11); movimentos articulam protestos

Segundo o Ministério Público, consórcio Pró- Urbano tem prejuízo com a gratuidade oferecida a deficientes

BRUNA MOZER GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

A prefeita Dárcy Vera (PSD) anunciou nesta sexta (10) reajuste de 7,14% na tarifa do transporte coletivo, que entra em vigor já a partir deste sábado (11). O valor passa a ser de R$ 3, ante os atuais R$ 2,80.

Com a notícia do aumento do ônibus, integrantes de movimentos sociais já articulam protestos na cidade.

O anúncio da alta foi feito pela prefeita em companhia do promotor Carlos Cezar Barbosa, que recuou de decisão anunciada por ele há dois meses. Em agosto, Barbosa afirmou que entraria com uma ação civil pública contra a prefeitura para impugnar um possível aumento.

De acordo com ele, não havia motivos para o reajuste. Nesta sexta-feira, no entanto, o promotor afirmou que constatou que as empresas de ônibus sofrem um prejuízo com a gratuidade oferecida a deficientes.

"Há falhas no sistema e a legislação municipal autoriza esta gratuidade sem critérios", afirmou.

Para o promotor, pelo menos 50% dos beneficiados têm condições de arcar com as despesas do transporte.

Segundo o superintendente da Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto), William Latuf, o custo mensal com essa gratuidade é de cerca de R$ 700 mil.

Por isso, a prefeitura se comprometeu, em um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), a levar em conta a condição socioeconômica do passageiro, em alinhamento à legislação federal. A administração tem 30 dias para enviar um projeto à Câmara.

Outra medida, a ser implantada em janeiro, é a cobrança de R$ 1 de pessoas que utilizam as vans do Leva e Traz sem a integração com as linhas de ônibus.

A prefeitura se comprometeu também a implantar o sistema de biometria facial até setembro do ano que vem.

O objetivo é coibir a prática da venda ilegal de passagens por cambistas.

"As pessoas estão sabendo [do reajuste], discutimos desde junho", disse o promotor sobre o fato de o aumento ter sido anunciado um dia antes de a medida ser implantada.

O próximo reajuste já tem data definida: será feito em junho do ano que vem, e a passagem não terá preço inferior a R$ 3,10.

PROTESTOS

A tarifa seguia congelada desde os protestos de junho do ano passado.

Integrantes do MPL (Movimento Passe Livre) já articulam protestos pela cidade, auxiliados por outros movimentos sociais do município.

Na página do MPL em uma rede social, os líderes afirmaram que "Chegou a hora: catracas vão rolar. Nenhuma tarifa passará". "Se a passagem aumentar, a catraca vai queimar", informou o movimento em outro trecho.

Em junho, integrantes dos movimentos Comitê Unificado Popular, Unidade Vermelha e Independente Unificado fizeram um protesto na Câmara contra a alta da tarifa.

Por meio de um dos representantes, o movimento informou que a Promotoria ajudou o Pró-Urbano e a prefeitura em detrimento da população. Também disse que irá convocar a população para pressionar a prefeitura, com o objetivo de rever a decisão.


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