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Ribeirão

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PIB da região se concentra em seis cidades

Municípios têm 58% da riqueza regional e avançam em relação a 2006, aponta estudo divulgado pelo IBGE ontem

Matão teve a principal evolução, indo para a 2ª posição; concentração deve continuar, afirma economista

Márcia Ribeiro/Folhapress
Consumidoras caminham na Barão do Amazonas, no centro de Ribeirão, que depende dos setores de serviço e comércio
Consumidoras caminham na Barão do Amazonas, no centro de Ribeirão, que depende dos setores de serviço e comércio
JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

Apenas seis municípios, de um total de 85, concentram 58% da riqueza produzida na região de Ribeirão, de acordo com dados divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O PIB (Produto Interno Bruto) de Ribeirão Preto, Matão, São Carlos, Franca, Araraquara e Sertãozinho em 2010 atingiu R$ 42,7 bilhões, de um total de R$ 73,2 bilhões da região toda.

Mas, além de concentrarem a riqueza regional, essas localidades ampliaram a participação no bolo: em 2006, detinham 53% do PIB.

Economista da Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), Fred Guimarães afirma que a concentração de riquezas geralmente tende a ficar acumulada nas maiores cidades e deve se acentuar ainda mais, porque elas acabam atraindo investimentos por causa da infraestrutura.

"Em municípios maiores, há mão de obra, matéria-prima e condições favoráveis de logística, como aeroportos e rodovias para escoar a produção. É natural que, com tudo isso, uma empresa de grande porte procure se instalar em Ribeirão, Araraquara, Franca ou São Carlos", diz o economista.

Nos últimos quatro anos do estudo, Matão foi a cidade que obteve a maior evolução do PIB na região, saindo da quinta posição no ranking, em 2006, para a segunda colocação, em 2010. No período, o valor do PIB quase dobrou, passando de R$ 2,9 bilhões para R$ 5,8 bilhões.

O secretário do Desenvolvimento Econômico do município, Sergio Alves de Oliveira, afirma que a evolução se deve à indústria, que tem registrado crescimento vertiginoso nos últimos anos.

Ele cita, por exemplo, que no final de 2011 a prefeitura cedeu lotes para 225 empresas, espalhadas por três distritos industriais. "A cidade tem uma vocação para a indústria nos mais variados ramos. Isso explica essa evolução."

Oliveira disse ainda que a diversidade de atividade em Matão mantém o boom econômico local. "Temos empresas de muitos setores. Há vestuário, alimentação, suco concentrado, metalurgia. Por isso, não dependemos do humor do mercado e da sazonalidade de setores, como acontece em Franca, por exemplo. Se lá o calçado vai mal, a economia da cidade inteira cai."

PER CAPITA

Pequenos municípios com grandes empreendimentos industriais estão entre os que possuem os maiores PIBs per capita na região. O maior é de Gavião Peixoto, que tem apenas 4,4 mil habitantes (veja quadro abaixo).

Na cidade, a Embraer reúne uma linha de montagem de aviões e possui programas de modernização da Força Aérea Brasileira e da Marinha.

Já em Buritizal, quem garante o sustento da cidade, segundo o prefeito Agliberto Gonçalves (PSDB), é a usina Buriti, produzindo etanol, açúcar e energia. De acordo com ele, trabalham na indústria cerca de 1,5 mil trabalhadores -o município tem pouco mais de 4.000 habitantes.

"Vivemos em função da usina", afirmou o tucano.


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