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Ribeirão

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Problemas de favela persistem em área urbanizada em Ribeirão

Antiga favela do Monte Alegre tem vazamentos de água e esgoto e ligações ilegais de energia

Prefeitura diz que situação se deve à falta de galerias e que fiscais notificam usuário quando há denúncias

Fotos Edson Silva - 5.dez.12/Folhapress
Vazamento de água em rua da antiga favela do Monte Alegre, urbanizada pela prefeitura, mas que ainda tem problemas
Vazamento de água em rua da antiga favela do Monte Alegre, urbanizada pela prefeitura, mas que ainda tem problemas
DANIELA SANTOS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Moradores da favela urbanizada no bairro Monte Alegre, na zona norte de Ribeirão Preto, vivem em meio a vazamentos de água e de esgoto. Também fazem ligações ilegais nos sistemas de abastecimento de energia e de água, assim como acontecia antes da urbanização.

Nos dias de chuva, as casas da região mais baixa do bairro são inundadas. Outra reclamação dos moradores é a falta constante de água.

A antiga favela começou a ser urbanizada em 2009 e, neste ano, se tornou um dos principais temas da campanha eleitoral entre a prefeita Dárcy Vera (PSD), que foi reeleita, e João Gandini (PT), idealizador do programa Moradia Legal.

Em 2010, as 330 casas passaram a ter hidrômetros e já contavam com o fornecimento de energia elétrica.

O que era para ser um desfavelamento de sucesso para a Prefeitura de Ribeirão Preto virou um problema para os moradores, que passaram a receber contas de água de até R$ 4.000 mensais.

A comerciante Mariana Andrade da Silva, 24, afirma que se assustou quando recebeu os primeiros talões de água -que, de acordo com ela, variavam de R$ 800 a R$ 4.000 todos os meses.

De acordo com a comerciante, a situação se estabilizou somente nos últimos seis meses, depois que ela pediu uma revisão dos boletos mensais ao Daerp (Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto).

Mariana e outros moradores afirmam que falta água no bairro durante os finais de semana e que os valores apresentados nos talões não condizem com a realidade. "Temos de encher vasilhas no meio da noite", disse ela.

Já o desempregado Antônio Cristiano de Souza, 54, afirma que a urbanização começou errada. Segundo ele, não houve divisão justa entre os espaços das casas.

Ele alega que, enquanto uns moram em áreas grandes, outros vivem em terrenos pequenos para a quantidade de pessoas na família.

BURACOS

No local, também há buracos no meio do asfalto de algumas ruas e da avenida Rio Pardo, que se transformam em poças de água.

O secretário de Obras de Ribeirão Preto, Abranche Fuad Abdo, diz que o problema se deve à falta de galeria de águas pluviais em alguns trechos do bairro.

A administração informou ainda que fiscais notificam os usuários quando há denúncias de ligações clandestinas. Já Gandini afirma que o problema no local é antigo (leia texto nesta página).

ENXURRADA

Os moradores se queixam ainda da falta de bueiros, o que torna difíceis os dias de chuva para moradores da região mais baixa do bairro.

É o caso do autônomo Genivaldo Souza de Oliveira, 36, que mostrou à Folha as marcas nas paredes e os móveis corroídos por causa da água que invade as casas. "A sensação que temos é de abandono."

A empregada doméstica Maria Aparecida Barbosa, 42, por sua vez, ainda aguarda a escritura da sua casa, que não foi entregue. "Todo ano, eles [órgãos públicos] avisam que vão entregar no próximo ano", disse. "Com isso, já se passaram três [anos]."


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