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Ribeirão

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País tem hoje mais padres e menos freiras 'comuns'

Queda atinge os grupos de religiosas que atuam em escolas e hospitais

Redução no tamanho das famílias e vida moderna são apontadas por especialistas como causas para diminuição

DE RIBEIRÃO PRETO

Se as vocações na clausura vivem um crescimento nas últimas décadas, a Igreja Católica vê um movimento oposto quanto às freiras "comuns" -as chamadas de vida ativa ou apostólica.

Houve uma redução de novas religiosas principalmente entre as ligadas a congregações que atuam em escolas e hospitais, por exemplo.

No geral, nos últimos 20 anos, caiu em 10% o número de freiras no Brasil, diz o padre José Oscar Beozzo, pesquisador e ex-presidente do Cehila, órgão voltado ao estudo da Igreja Católica na América Latina e Caribe.

Beozzo se baseia em anuários com dados coletados em cada diocese (espécie de governo de várias paróquias) e congregações.

Em 1990, eram 37,3 mil freiras no Brasil. Em 2010, o número caiu para 33 mil.

A redução é sentida pela CRB (Conferência dos Religiosos do Brasil), órgão que reúne 390 congregações e ordens católicas.

Para a presidente da CRB, irmã Márian Ambrosio, entre as razões está a diminuição do número de filhos nas famílias. "Entre as que eram numerosas, havia um incentivo [aos filhos] à vida religiosa", afirma ela.

A irmã também cita a menor importância que a vida moderna dá à religião como outra causa para a queda.

O padre Beozzo também diz acreditar que, com a modernidade, a possibilidade de a mulher se tornar enfermeira, por exemplo, sem necessariamente ser uma religiosa, influenciou na diminuição do número de freiras.

PADRES

A formação de novos padres no Brasil, por outro lado, vive uma expansão. Em 20 anos, o número de sacerdotes católicos cresceu 55%, ainda segundo Beozzo.

O número foi puxado principalmente pelos chamados padres diocesanos, que são aqueles basicamente fixos em uma só região, subordinados a um bispo local, e que cuidam de uma paróquia.

Em 2010, eram 14 mil padres diocesanos, mais do que o dobro dos 6.560 sacerdotes de 20 anos atrás.

Se nos anos 60, no Brasil, os sacerdotes eram mais estrangeiros e ligados a congregações, hoje os padres são mais brasileiros e diocesanos.


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