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Fechamento de maternidades infla demanda no Sinhá

Em dias mais cheios, há espera por cesáreas, afirmam grávidas e obstetras; hospital diz absorver a demanda

Ribeirânia e São Lucas deixaram de atender partos; Sinhá Junqueira realiza hoje cerca de 400 partos mensais

JULIANA COISSI DE RIBEIRÃO PRETO

O fechamento de maternidades e mudanças em planos de saúde têm provocado uma concentração de partos de convênio e da rede particular na maternidade Sinhá Junqueira, principal referência do setor privado na região de Ribeirão Preto.

A direção da Sinhá confirma o aumento de partos, mas afirma que tem estrutura para atender todos os casos.

Com a demanda alta, obstetras ouvidos pela Folha e mesmo grávidas confirmam que há dias em que algumas gestantes esperam horas pela cesariana.

É o caso de Taciane Jardim Ricci, 26, cuja filha nasceu em 30 de novembro. Ela diz que sua operação estava marcada para as 12h, mas o parto ocorreu somente sete horas depois. "A gente ficou sentada um tempão", disse.

Outras mães também confirmaram à reportagem um volume alto de gestantes em seus dias de parto e a espera pela cesariana.

Em hospitais, é comum que a cesárea agendada, uma cirurgia considerada eletiva (não urgente), atrase quando surgem urgências médicas -um parto normal ou uma grávida que apresenta sangramento, por exemplo.

Mas alguns obstetras disseram à Folha que, comparado a outros anos, em 2012 ocorreu com mais frequência de grávidas esperarem mais pela cesárea porque há outras urgências na frente.

"Mesmo pacientes particulares minhas acabam esperando. Três, quatro, cinco horas é normal", afirmou o obstetra Oswaldo Cruz Franco.

CONCENTRAÇÃO

Atualmente, a Sinhá Junqueira realiza cerca de 400 partos mensalmente, atendendo Ribeirão e região. Até agosto do ano passado, eram de 320 a 340 partos mensais.

O aumento de demanda no Sinhá tem ocorrido principalmente há dois anos, quando o hospital São Lucas fechou sua maternidade.

Há dez meses, o hospital Ribeirânia também encerrou sua maternidade -até então, a média na unidade era de 25 a 30 partos mensais.

E, há um ano, os obstetras plantonistas da Unimed, antes localizados no Hospital São Paulo, decidiram concentrar o atendimento no Sinhá.

O diretor clínico do Sinhá, Luiz Alberto Ferriani, disse que casos de espera de grávidas com cesariana agendada são pontuais e só ocorrem quando surgem urgências médicas de obstetrícia.

Ferriani disse ainda que a média é de 12 a 13 partos diários na unidade e que, mesmo com o atual volume mensal, a Sinhá Junqueira tem capacidade de realizar ainda mais procedimentos -até 600 partos por mês.

Além da estrutura de quartos comuns, o Sinhá possui 34 leitos de UTI neonatal, o que, diz Ferriani, garante atendimento a prematuros ou a bebês com complicações.

A Unimed, em nota, disse que os obstetras do grupo decidiram concentrar o atendimento no Sinhá "porque o hospital conta com a estrutura para atender a demanda".

Afirmou ainda que muitas pacientes vão ao plantão por situações que não são de urgência, "o que compromete o atendimento".

Pela Unimed, que reúne 78 obstetras, são realizados cerca de 156 partos mensais.


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